Michael Witt foi o primeiro imigrante chefe de família a falecer em São Bento do Sul, no dia 11 de março de 1874. A “honraria” atualmente é atribuída de forma equivocada a Karl Wilhelm Bendlin, que faleceu apenas no segundo semestre daquele ano. Antes de Witt, a documentação oficial da Colônia Dona Francisca cita o falecimento de Johann Wilke, em 17 de fevereiro, e Franz Zipperer, em 21 de fevereiro. O primeiro não era colono de São Bento, mas um auxiliar do engenheiro August Heeren, com família em Joinville. O outro contava com apenas 16 anos e imigrou ao Brasil acompanhado dos pais, sem ter constituído família. O terceiro falecido citado é, justamente, Michael Witt. O historiador Henry Henkels aborda a questão mais detalhadamente.
Natural da Prússia, Michael Witt imigrou com a esposa Eva Bormann, filha de Johann Daniel Bormann e Dorothea Fenske, a bordo do Zanzibar, que saiu do porto de Hamburgo em 20.06.1873 e chegou ao porto de São Francisco do Sul em 06.09.1873. Michael está entre os 70 imigrantes pioneiros de São Bento, já que fez parte do grupo que partiu de Joinville para dar início a uma nova colonização no topo da serra.
A expectativa de um futuro melhor para o casal em solo brasileiro, no entanto, foi abalada com a prematura morte de Michael Witt, com cerca de 50 anos. Ele e sua esposa não trouxeram nenhum de seus filhos quando imigraram, então é possível imaginar o quanto Eva Bormann deve ter sofrido com o falecimento do marido – e, mais do que isso, o quanto não teve que batalhar para superar a ausência de Michael e rapidamente tratar de se adaptar à nova realidade em São Bento – a sua própria sobrevivência dependia disso.
Em 14.11.1876, provavelmente já instalada e adaptada na Colônia, Eva Bormann casou-se com Mathias Piritsch, também um dos 70 imigrantes pioneiros de São Bento, e que viria a se tornar o primeiro suicida conhecido de São Bento, em 1884. Alguns dias depois desse casamento, em 23 de novembro, chegou ao Brasil Wilhelmine Witt, filha de Michael Witt com Eva Bormann. Veio já casada com Friedrich Labanz, filho de outro Friedrich Labanz e de Louise Zollmenger, e trouxe consigo as filhas Ida Bertha e Emília.
Em 1883, imigrou outro filho de Michael Witt, chamado Albert Witt, que teve como esposa uma mulher que também se chamava Wilhelmine Witt, filha de certo Jakob Witt. O casal teve ao menos os filhos Bertha, Robert, Emma, August, Emília Otília, Emil Otto e Frieda Helene Witt. Assim, Eva Bormann já tinha em quem buscar apoio na sua jornada no Brasil, e certamente foram seus familiares que lhe ajudaram a superar o suicídio de seu segundo esposo.
Apesar de desconhecido na história local, Michael Witt recebeu em sua homenagem o nome de umas das ruas de São Bento do Sul.
venho por meio desta solicitar informaçaoes da familia Witt na cidade de Sao Francisco do Sul, pois eu acho que sou descendente de Alemão, pois sou atleta de futebol e gostaria muito de ter a cidadania alemã
Piszę po polsku bo rodzina Wiit była z miejscowości OPALENIE = MUNSTERWALDE
Moje badania (bo piszę drugą książkę o emigracji z Pomorza do Brazylii) nad rodziną Witt skłaniają mnie do stwierdzenia, że jest niemożliwe aby w 1883 urodził się Albert Witt, którego rodzicami byli Michael i Witt i Ewa Bormann i był mężem Wilhelminy Wit (córka Jakuba) . Albert i Wilhelmina razem z dziećmi emigrują w 1883 statkiem „Corrientes” z portu w Hamburgu, Albert miał 36 lat, Wilhelmina 30, Berta 13, Robert 5, Emma 2 i August 7 miesięcy. Albert urodził się około 1847 r. i nie może być synem Michała i Ewy. Nie chcę twierdzić, że mam 100% rację – może coś pomyliłem . Ale jak rozwiązać tą nieścisłość?
Proszę powiadomić zainteresowanych.
Krzysztof Gradowski Polska krgr17@interia.pl