Não costumo assistir novelas, então foi por acaso que descobri que Bruna Mayara Linzmeyer, uma das atrizes de destaque de Insensato Coração, tem esse nome que já denuncia a sua origem. Ela nasceu em Corupá no dia 11.11.1992, e diz que seu avô era alemão – certamente de ascendência, e não de origem. Não há duvidas de que os ancestrais de Bruna eram imigrantes Linzmeyer que, primeiro, vieram para São Bento, e depois desceram a serra até Corupá – como muitos outros fizeram.
Bruna Linzmeyer tem ancestrais que imigraram para São Bento
De qual família Linzmeyer ela descende, no entanto, ainda não é possível afirmar. Várias foram as que imigraram para São Bento. Paulo Henrique Jürgensen, em seu livro “Famílias Tradicionais”, compilou as seguintes:
1. Georg Linzmeyer, operário, de Hammern, na Boêmia, imigrou aos 56 anos pelo Humboldt, em 1876, casado com Catharina Herhofer, com quem teve ao menos o filho Jacob Linzmeyer, também imigrante.
2. Johann Linzmeyer, lavrador, e que abriu um Salão de Bailes em Oxford, natural de Eisenstrass, na Boêmia, imigrou aos 48 anos pelo Humboldt, em 1876, casado com Anna Maria Stiegler, com quem teve os filhos Josef, Karl e Johann Linzmeyer.
3. Wolfgang Linzmeyer, operário, de Hammern, na Boêmia, imigrou aos 54 anos pelo Humboldt, em 1876, com a esposa Theresia.
4. Georg Linzmeyer, operário, filho de Jacob Linzmeyer e Barbara Augustin, imigrou aos 30 anos, também pelo Humboldt, em 1876, com a esposa Caroline Rückl.
5. Veid Linzmeyer, lavrador, de Eisenstrasse, imigrou aos 25 anos pelo Valparaíso, em 1877, solteiro.
6. Karl Linzmeyer, operário, de Hammern, imigrou aos 28 anos pelo Bahia, em 1877, com a esposa Maria.
7. Andreas Linzmeyer, operário, de Hammern, imigrou aos 60 anos pelo Bahia, em 1877, viúvo de Anna Maria Stähl, com quem teve ao menos os filhos Jacob, Clara, Therese, Anna, Ferdinand, Andreas, Josef, Franziska e Catharina Linzmeyer.
8. Georg Linzmeyer, casado com Anna Maria Rückl, os quais não se sabe se imigraram, mas tiveram aqui os filhos Carlos e Anna Linzmeyer.
9. Sebastian Linzmeyer, casado com Anna Maria Starkerswitt ou Störbel, que também não se sabe se imigrou, mas teve os filhos Catharina e Jorge Linzmeyer.
Pessoalmente, imagino que Bruna descenda da família 7, da qual já encontrei registros em Corupá. Mas seria preciso fazer uma pesquisa mais apurada antes de confirmar.
A moça demonstra valorizar sua cidade e conterrâneos, embora reconheça que sentiu necessidade de buscar oportunidades que Corupá não mais oferecia. A sua mudança para São Paulo é, no fundo, uma louvável repetição daquilo que seus ancestrais fizeram – e que muitos não tem coragem de fazer nos nossos dias.
São Bento no Passado 
Prezado Henrique, gentileza verificar informações. Há certas distorções quanto a sua colocação ref. opinião da atriz sobre sua cidade.
Prezado corupaense, gostaria que se identificasse, com email correto, pois não é muito agradável conversar sem saber com quem se está falando. De qualquer forma, a opinião dela foi citada aqui http://gente.ig.com.br/preciso+de+amor+para+viver+diz+bruna+linzmeyer/n1596963563088.html, com as mesmas frases que coloquei entre aspas, e a interpretação, essa sim, foi por minha conta. Se houver argumentos e testemunhos em contrário, com outras entrevistas, por exemplo, de bom grado colocarei no post, substituindo o que eu disse – desde que a coisa seja identificada.
abraços
Todos os Linzmeyer de Corupá descendem do imigrante Andreas Linzmeyer 1856-1930, um dos 12 parceiros de Albert Kroehne que em 1879 abriram a picada para ligar São Bento a Hansa. Casado com Ana Bayerl, em São Bento logo migraram a Hansa, tiveram 17 filhos dos quais 14 vivos, 7 mulheres e 7 homens que juntamente com o pai formavam a Banda Linzmeyer que tocou ate 1929.
Roberto – Existem duas listas de expedicionários que compuseram a expedição de Alberto Kroehne, em 1879, completamente diferentes na composição dos nomes. Uma é a apresentada pelo historiador joinvilense Carlos Ficker, em seu livro “ São Bento do Sul – subsídios para sua história”, na pg. 174. A segunda lista, completamente diferente daquela (só dois nomes são comuns, do próprio Kroehne de Josef Zipperer Sen.) é a que apresentou o José Kormann, baseado nas notas de ?? Hermann (que nem mesmo é citado pelo autor) chamado “Hansa Humboldt ontem – hoje Corupá”, pág 16. Só nessa segunda lista é que aparece o nome de Andréas Linzmeyer, mas tenho aqui pra mim que essa lista do Kormann está furada.
Andréas Linzmeyer chegou ao Brasil em 1877 e já tinha 60 anos e na lista do navio ñ consta a chegada desse filho Andréas que o Henrique cita. A lista do navio relaciona os seus filhos com as seguintes idades: Jacob (29), Clara (24), Therese (22), Anna (21), Ferdinand (16). Só até esse Ferdinand. Se tivesse algum filho Andréas que idade teria?… Menos que 16?… Veio em outra ocasião?… Nasceu aqui na Botocundia?.. Mas o velho já tinha 60 anos em 1877…
De qquer maneira, essa é uma das coisas que na historia de São Bento (e de Hansa) ainda precisamos definir com clareza: exatamente quem participou da expedição de Kroehne.
Sr.Henrique,
Em primeiro lugar quero parabenizá-lo pelo belíssimo trabalho de resgate e respeito com a história de São Bento e os imigrantes que nela se estabeleceram. Visito sempre seus escritos que nos levam a uma viagem ao passado. O motivo de meu contato neste momento se deve àquela bela moça chamada Bruna, atriz, a qual pude assistir em algumas entrevistas na TV e também fiz leituras a seu respeito e, assim, aprendi a admirá-la tamanha a força e determinação para alguém tão jovem.Em todas as suas declarações a respito de Corupá, senti seu amor pela terra Natal e também por seus familiares e conterrâneos. Entendo perfeitamente quando ela se refere à sua localidade como um lugar que de fato, por ser pequena, não poderia lhe oferecer as oportunidades que sua juventude e talento buscavam. Apenas isso. sair de Corupá significaria o encontro com seus ideiais profissionais, seu trabalho, sua ampla necessidade de alimentar seu intelecto e seus sonhos de artista. façamos justiça a esta jovem que tão bem vem representando sua terra natal. Um abraço!
Fernanda, obrigado pelo comentário. Veja a alteração que fiz no texto. Abraços
Sr. Henrique,
Agradeço a atenção dispensada ao meu comentário e sua nobre atitude em rever e alterar as colocações feitas a respeito da Bruna. Acredito sinceramente que esta jovem tem grande afeto por sua terra e sua gente! E sua ascenção profissional eleva também o nome de Corupá no cenário nacional. Aproveito para parabenizá-lo mais uma vez pelo excelente trabalho realizado e agradecê-lo também por isso. Amar e respeitar as pessoas e acontecimentos anteriores à nossa exist~encia significa que temos consciência de que somos elos de uma continuidade familiar que devemos reverenciar sempre! Por favor, continue enriquecendo a História com seu belo e dedicado trabalho! Um abraço fraterno!
henry H, pela história que você falou, concluo que meu bisavô seria esse Andreas nascido em 1889, ou seja, nasceu aqui no Brasil, em Corupá – SC