Meus Ancestrais: Família Giese

I. JOHANN KARL GIESE, nascido por volta de 1828, tendo imigrado de Regenwald, na Pomerânia, para Joinville em 1872 a bordo do “Henry Knight”[1], em companhia da esposa Emilie Wegner, também nascida por volta de 1828, e seus filhos, entre os quais:

II. KARL GIESE, nascido em 30.05.1859 e falecido em São Bento do Sul no dia 24.06.1924[2], sendo sepultado no Cemitério Municipal. Foi morador de São Paulo. Casou-se em São Bento do Sul no dia 25.10.1891, na Igreja Protestante da cidade, com Ida Bertha Labenz, nascida em 03 ou 06.11.1874 e falecida em 03.10.1934, filha de Friedrich Labenz, nascido por volta de 1847, e que imigrou com a família a bordo do Bahia em 1876, vindo de Eichstedt, na Prússia, tendo falecido em São Bento do Sul no dia 13.11.1925[3], de fraqueza cardíaca, e sua esposa Wilhelmine Witt, com quem morou na Estrada Bismarck, sendo ela nascida em Münsterwalde, na Prússia Oriental, por volta de 1849, tendo falecido em São Bento do Sul no dia 05.06.1924, vítima de pneumonia, filha de Michael e Relina Witt. Karl Giese e sua esposa Ida Bertha Labenz tiveram, entre outros:

III. RODOLFO GIESE, sapateiro e comerciante estabelecido em Campina dos Crispim, município de Piên/PR. Nasceu em São Bento do Sul no dia 13.09.1897[4] e faleceu em Rio Negrinho no dia 07.03.1965[5], vítima de cirrose hepática e insuficiência cardíaca crônica, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento. , Foi casado aos 27.08.1921[6], em São Bento do Sul, com Catharina Bail, do mesmo lugar, filha de Benedikt Beyerl e Catharina Brandl. Foram pais de:

IV. DÓRIS IZOLDA GIESE, nascida em Piên no dia 23.08.1931. Casou-se em São Bento do Sul no dia 06.10.1951[7]com Herbert Alfredo Fendrich, de São Bento do Sul, filho de Frederico Fendrich e Anna Roesler. Tiveram geração conforme segue no título FENDRICH.

[Para a reprodução do conteúdo, solicita-se a citação das fontes]


[1] Lista de passageiros disponível no site do Arquivo Histórico de Joinville: http://www.arquivohistoricojoinville.com.br/ListaImigrantes/lista/tudo.htm

[2] Conforme a sua lápide no Cemitério Municipal de São Bento do Sul.

[3] Livro 7, fls 34 – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

[4] Conforme a sua lápide no Cemitério Municipal de São Bento do Sul.

[5] Livro 7, fls 40v – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

[6] Livro 9, fls 146v – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

[7] Livro 3, fls 58 – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul; e livro 11, p. 54 – Paróquia Puríssimo Coração de Maria, de São Bento do Sul

1 Ano do Falecimento de Herbert Alfredo Fendrich

Nesse 30 de julho, faz um ano que faleceu meu avô Herbert Alfredo Fendrich, casado com Dóris Izolda Giese, e filho de Frederico Fendrich Filho e Anna Roesler, neto paterno de Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer, e neto materno de Johann Rössler e Amália Preussler.

Era uma pessoa que vivia música, tendo tocado em várias bandas tradicionais germânicas, além de cantar em diversos corais. Merece destaque a sua participação na Banda Treml, que foi de 35 anos, os quais foram cuidadosamente registrados em cadernos de anotações, semelhantes a um “diário” da banda.

Seleciono dois trechos escritos na década de 50 que julgo representativos da dedicação que meu avô tinha em relação a música e aos seus companheiros. É certamente uma das facetas mais marcantes de seu caráter.

“Por motivo de chuvas, eu não fui aos ensaios nas últimas duas semanas. Hoje, 14-9-58, realiza-se novamente a festa dos Atiradores em São Bento. Mas infelizmente, está chovendo outra vez, e eu, por assim dizer, obrigado a ficar chocando aqui. De certo que com chuva mesmo eles se divertem. É sempre para mim um dia enjoado sabendo que a banda está tocando em alguma festa e eu não posso ir.”

O trecho mostra a importância dos eventos em que tocava com seus amigos, e na cidade em que nascera e que amava. Herbert morava na época em Campinas dos Crispim, uma localidade de Piên, e nem sempre podia se deslocar até São Bento para acompanhar os ensaios e apresentações da Banda Treml. Muitas vezes, quando o tempo permitia, ia de bicicleta. Outra tantas, ia de ônibus – o que não podia acontecer sempre, já que as passagens não eram das mais baratas para ele. E em casos como esse citado, em que chovia e nem o ônibus era capaz de chegar até a sua casa e levá-lo para São Bento, Herbert certamente passava o dia amuado e tristonho.

O outro trecho, embora descrito rapidamente por ele, é de uma beleza imensa se prestarmos mais atenção no que ele realmente significa.

No dia 8-5 o Xerife me mandou diversas folhas de músicas para copiar, porque, para nossos instrumentos, só veio uma folha de cada peça, e é muito ruim ler as notas em três por folha. Aproveito assim as noites, com lampião, para este serviço.”

Tentem evocar essa imagem de meados de 1958: um jovem de 28 anos, sob a luz do lampião, se propõe a passar as noites transcrevendo as músicas que a banda irá tocar, a fim de que todos tenham a sua própria folha, facilitando o trabalho de todos.

É de uma beleza poética estupenda, que só vem ressaltar a generosidade e dedicação que tanto pareciam dirigir suas atitudes, e que convém destacar sempre, especialmente no dia de hoje.