Consultando os registros de batizados católicos feitos em São Bento do Sul entre os anos de 1876-1880, verifiquei a frequência dos registros de “filhos naturais”, que são aqueles cujos pais não eram casados. Eventualmente, os pais da criança poderiam até ter se casado posteriormente, mas no momento do registro não estavam, razão pela qual o padre classificava as crianças desta maneira.
Na maior parte desses registros, e principalmente no caso das famílias brasileiras, o pai inclusive não é informado. Muitas vezes acontecia de um casal precisar reconhecer como legítimo um filho tido antes do casamento, o que se vê a partir do início dos Registro Civis na cidade. O fato de ser filho natural também costumava fazer com que a criança adotasse o sobrenome da mãe, e não do pai.
Pelos resultados observados, a taxa de ilegitimidade nos primeiros anos de registro em São Bento do Sul esteve apenas uma vez acima dos 10%, e no último ano analisado chegou a estar abaixo dos 5%. Detalhando melhor esses resultados, observou-se que a grande maioria deles envolviam famílias brasileiras. Verificaremos se essa tendência se mantém nos anos seguintes.