Os brancos e morenos da família Fragoso

Antigamente, os escrivães achavam importante mencionar em seus assentos a cor da pele das pessoas que registravam. Hoje em dia, quando essa distinção não faz mais o menor sentido, a menção é útil apenas para descobrirmos mais sobre as características físicas de nossos antepassados, sem que nenhum tipo de juízo de valor se faça necessário. Motivado por essa curiosidade, e aproveitando ser essa a família que mais detalhes possuo, tratei de verificar as indicações de cor em membros da família Fragoso.
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Antes de tudo, eu já sabia que os Fragosos descendem de índios carijós, aprisionados pelos branquíssimos curitibanos. Desse cruzamento já era de se esperar que não fossem totalmente brancos. Existem, no entanto, 4 gerações separando Generoso Fragoso de Oliveira, um dos primeiros moradores de Fragosos, de Domingos Soares Fragoso, mameluco, filho de índia. Talvez a herança genética já fosse perdida. Ressalta-se que do ramo do pai de Generoso não temos muitas informações.
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Em geral, os registros que informam a cor são os de óbitos. Não descobrimos através dele a cor de Generoso Fragoso, falecido em 1924. Passamos a consultar os registros dos seus filhos. Do primogênito Saturnino, de quem descendo, também não há indicação da cor. De seu irmão Gregório não encontramos o assento. Já os irmãos Pedro Rodrigues de Oliveira, Valêncio Soares Fragoso e Ernesto Crescêncio Fragoso eram todos brancos ou de cor clara, conforme registrado. Houve, no entanto, uma exceção: o irmão Joaquim Rodrigues Fragoso aparece como sendo de cor morena, único caso entre os filhos de Generoso Fragoso.
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Da mãe de Generoso, Francisca Soares, também não foi possível descobrir a característica, e nem a dos seus irmãos. Como descendo também do irmão caçula de Francisca, Felippe Soares Fragoso, tentei verificar se havia indicação de cor nos seus filhos. Para Joaquina, minha trisavó, não há. Para Angelina e João Isidoro, não foram encontrados os registros de óbito. Para Francelina, a informação é de que era branca. Mas seus irmãos Pedro e Flora Lina aparecem com a cor morena, o que também sugere pouca uniformidade nessa característica entre os descendentes de Felippe Soares Fragoso.
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Infelizmente, não sei dizer, portanto, a cor dos meus ancestrais Saturnino Fragoso de Oliveira e sua esposa Joaquina Fragoso Cavalheiro. Eles tiveram seis filhos, dos quais apenas dois possuem registro de óbito conhecido. E, tornando a coisa mais difícil, uma delas (Catharina) era branca e outra, apesar do nome (Maria Clara), era morena.
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Luiz Thomé Fragoso, filho de Saturnino e neto de Generoso, parece representar bem o tom de pele da família entre o branco e o moreno. 
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Essas são considerações preliminares a respeito da cor entre os membros da minha família Fragoso, e que até o momento não permitem chegar a outra conclusão que não a de que nasciam brancos e morenos. É preciso levar em conta ainda que a classificação apontada nos registros pode não ser necessariamente a verdadeira, mas aquela que alguém achou pertinente.

Crônica da Família Fragoso

A história da família Fragoso na região de São Bento do Sul e Campo Alegre começa em terras paulistas. Foi lá, mais precisamente em Taubaté, que nasceu, por volta de 1719, João Soares Fragoso, filho de Álvaro Soares Fragoso e Catharina Garcia de Unhatte. Em data ignorada, mas certamente antes de 1740, João Soares Fragoso já estava na cidade de Curitiba, aparentemente longe de familiares. E foi na capital do Paraná que João se encantou por uma índia carijó chamada Páscoa das Neves. Os carijós eram índios pacatos e trabalhadores, e que se transformaram em escravos dos curitibanos desde o começo da colonização pelo homem branco na região, ainda no século XVII.

Com a índia, João Soares Fragoso teve um filho, chamado Domingos, nascido em 1740. Foi provavelmente um relacionamento ocasional, sem maiores responsabilidades para João. Tanto é assim que cinco anos depois ele estaria contraindo matrimônio, e por coincidência com uma filha do proprietário de Páscoa das Neves, chamada Ignez de Chaves. Com sua esposa, João teve diversos filhos em Curitiba, até um dia se mudar para os Campos Gerais.

Domingos, que não era filho legítimo, não acompanhou o pai. Permaneceu em Curitiba. Aos 12 anos, ele viu a sua mãe morrer. Quando se tornou maior, escolheu a sua esposa: Maria Dias, uma pobre mulher, que havia sido abandonada ao nascer – provavelmente porque também era filha de índia. Os dois tiveram diversos filhos em Curitiba. Maria faleceu em 1806 e, embora já em idade avançada, Domingos se casou novamente, no ano seguinte, com Isabel Cardosa.  Entre os filhos que teve com Maria está um de nome Theodoro. Este, cresceu, arrumou casamento com Feliciana Rodrigues França (1787-?), teve filhos com ela, e um dia, antes de 1836, quando já era velho, resolveu se mudar para a Lapa.

Na hoje legendária cidade paranaense, Theodoro era um simples lavrador que colhia milho e feijão para o sustento. Não morou muito tempo lá, pois acabou falecendo poucos anos depois, em 1839. Um dos filhos de Theodoro se chamava Manoel, nascido em 1805, e que portanto já era um homem feito, inclusive casado quando a família se mudou para a Lapa. Sua esposa se chamava Maria Marciana de Marafigo (1804-?). Nessa cidade, Manoel viveu até morrer, em idade ignorada, entre os anos de 1858 e 1865. Vários dos seus filhos, no entanto, foram inquietos o bastante para procurar novos lugares.

E foi assim que, já em 1868, e talvez um pouco antes, seus descendentes começaram a ocupar a região que hoje conhecemos por Fragosos. Pelo pioneirismo, foram eles, inclusive, que construíram a primeira ponte sobre o rio Negro. Citamos a seguir esses filhos de Manoel Soares Fragoso:

1. Francisca Soares Fragoso (1827-1911), a primogênita, viúva de Hermenegildo Rodrigues de Oliveira, casada com João dos Santos Machado. Ela e seu primeiro esposo são os pais de Generoso Fragoso de Oliveira, tido pela tradição oral de nossos dias como “fundador de Fragosos”.  No total, Francisca teve 3 filhos com Hermenegildo e outros 3 com João.

2. Virgínio Soares Fragoso (1829-1905), casado com Escolástica Maria de Jesus, e em segundas núpcias com Anna dos Santos Lima. Pela terceira vez, casou-se em 1889 com Francisca Pereira de Oliveira. Ao que se sabe, Virgínio teve quatro filhos.

3. José Soares Fragoso (1831-antes de 1893), casado com Rosa Calisto de Camargo. São os pais de João Elias Fragoso, personagem que figura em páginas sombrias na história de São Bento do Sul. Além dele, o casal teve ao menos três filhas.

4. Pedro Soares Fragoso (por volta de 1833-1887), casado com Gertrudes Maria de Camargo. O casal teve ao menos seis filhos. Entre seus descendentes está o ramo Machado Fragoso.

5. Maria da Rosa Soares (1836-?), filha que, ao que tudo indica, não acompanhou os irmãos, tendo permanecido na Lapa, onde já devia se encontrar casada com Antônio José Mariano da Silva. Tiveram ao menos quatro filhos. Seus descendentes levaram a alcunha Soares da Silva.

6. Joana Soares Fragoso (1839-antes de 1891), casada com Antônio Rodrigues de Almeida. Foram pais de ao menos 4 crianças. Os Rodrigues de Almeida se cruzaram diversas vezes com os Fragoso e com os Cavalheiro. Um filho do casal, Lino Rodrigues de Almeida, chegou a ser vereador em São Bento do Sul.

7. João Baptista Fragoso (por volta de 1843-antes de 1910), casado com Maria da Glória,  e, depois de viúvo, com Rufina Pereira. Ao que se sabe, teve seis filhos com a primeira esposa e duas com a segunda. Ele e sua primeira esposa são ancestrais dos inúmeros Baptista Fragoso que ainda em nossos dias habitam a região de Fragosos e Piên. É provável que seja o mesmo João Fragoso apontado como um dos tropeiros a auxiliar a subida dos imigrantes para a recém-fundada colônia de São Bento.

8. Felippe Soares Fragoso (1846-antes de 1902), casado com Flora Lina Cavalheiro e, viúvo dessa, com Anna Muniz de Sant’Anna. Teve 5 filhos com a primeira esposa e 1 com a segunda. Tiveram descendentes que levaram o sobrenome Fragoso Cavalheiro. A primeira esposa de Antônio Kaesemodel, Verônica Dranka, era neta de Felippe.

Nos dias de hoje, como dito, a fama de “fundador de Fragosos” caiu sobre Generoso Fragoso de Oliveira, que muito provavelmente, devia estar entre os primeiros membros da família que se estabeleceram na região. Apesar disso, certamente não é possível atribuir a ele, ou a qualquer pessoa isoladamente, a fundação do lugar.

É bem possível que a sua fama esteja relacionada com um certo sucesso como negociante, além de seu envolvimento com figuras políticas da época, como João Filgueiras de Camargo e Francisco Bueno Franco, somando-se a isso o fato de ter morrido em Fragosos com avançada idade. Existe, em sua homenagem, uma rua no bairro.

De grandes proprietários na região, aos poucos os Fragosos se viram obrigados a se desfazer de suas terras. Os filhos de Generoso Fragoso de Oliveira, por exemplo, já possuíam muito menos que o pai. Os netos pegaram uma parcela ainda menor. E, nos dias de hoje, os bisnetos não possuem quase nada.

Hoje os Fragoso sofrem a falta de investimentos na região. Antigamente, os moradores de Fragosos iam até São Bento para vender aquilo que produziam em suas terras. Atualmente, vão até lá apenas para comprar.

Histórias de Fragosos I – O Fundador

Em Fragosos, há um certo tom de respeito quando se fala sobre Generoso Fragoso. “Ele foi o fundador de Fragosos”, comenta-se. Fragosos não é exatamente um lugar que possa ser fundado – é uma curiosa localidade que pertence a Campo Alegre, que gostaria de fazer parte de São Bento, e que seria mais lógico se fizesse parte de Piên. A “fundação de Fragosos” corresponde a sua pioneira ocupação, que não foi feita por um único indivíduo – e, mesmo se fosse, provavelmente não teria sido Generoso Fragoso, que aparentemente ainda estava no Paraná quando a região já era ocupada.

Generoso Fragoso era negociante – de quê, ainda não se sabe. De alguma forma, conseguiu prestígio na região de Fragosos, integrando um círculo de relacionamentos que incluía personagens proeminentes da região, como o líder republicano João Filgueiras de Camargo, um parente de sua esposa, e Francisco Bueno Franco, primeiro prefeito de São Bento e depois de Campo Alegre. Esse envolvimento como líderes locais, o possível sucesso em seu negócio, e a sua relativa longevidade no local, considerando sua precoce ocupação, parecem ser os fatores que explicam a “fama” atribuída a Generoso Fragoso.

De Oliveira. Esse é o complemento de seu nome, hoje totalmente esquecido, inclusive na rua que lhe serve de homenagem. Vem de seu pai, que não era Fragoso, mas Hermenegildo Rodrigues de Oliveira. Seu pai, por sua vez, não era Oliveira de sangue, mas por adoção. O pequeno Hermenegildo resolveu vir ao mundo em abril de 1823, na Lapa, mas não parece ter sido em boa hora. Seus misteriosos pais abandonaram a criança à porta da família de Antônio Preto de Oliveira e Benedita Rodrigues. Lá, Hermenegildo cresceu em meio a outras crianças de sua idade, filhas legítimas do casal, e passou a adotar o mesmo sobrenome que eles.

Quando cresceu, Hermenegildo conheceu Francisca Soares Fragoso, e com ela se casou por volta de 1844. No ano seguinte, mais precisamente em 25 de maio, Generoso nasceu na cidade da Lapa. Além dele, o casal teve duas filhas, chamadas Celestina Maria Rodrigues e Maria dos Anjos. A vida que não começara fácil tampouco acabou bem para Hermenegildo, que faleceu aos 27 anos no dia 07.08.1850 – de causa desconhecida, embora se saiba que não foi doença, já que seu registro indica “morte apressada”, razão pela qual não recebeu os tradicionais sacramentos.

Assim, Generoso cedo ficou órfão de pai. Sua mãe voltou a se casar em 23.02.1854, também na Lapa, com João dos Santos Machado. Com ela teve filhos que também iriam ocupar a região de Fragosos na década de 1870, embora nenhum deles levasse o “Fragoso” no nome. A família de Francisca Soares possuía parentes na cidade de São José dos Pinhais, e é exatamente nesse local que Generoso Fragoso veio a se casar, no dia 12.05.1866.

Sua esposa chamava-se Leopoldina Maria de Almeida, de pouco mais de 16 anos. Com ela, teve, pelo que se conhece, os filhos Saturnino Fragoso de Oliveira, falecido um ano antes do pai, Valêncio Soares Fragoso, Gregório Rodrigues Fragoso, Joaquim Rodrigues Fragoso, Ernesto Crescêncio Fragoso, e um filho chamado Pedro, do qual se desconhece o destino. Generoso teve a chance de conhecer vários de seus netos, pois alcançou os 79 anos, tendo falecido em 25.06.1924. Está sepultado no Cemitério de Fragosos.

Considerações sobre o 1º Morador de Fragosos

É sabido que o nome  do bairro “Fragosos”, hoje pertencente ao município de Campo Alegre, tem sua razão de ser na pioneira presença de membros da família Fragoso na região. Além de terem sido os primeiros a habitar o lugar, os membros dessa família, vindos da Lapa e de São José dos Pinhais, representavam um bom contingente de pessoas, o que também colaborou para que o local fosse conhecido pelo sobrenome de seus moradores. Os criadores e lavradores do lugar, naquele tempo, eram sempre tratados como “moradores nos Fragosos” – e não “em Fragosos”, como nos nossos dias.

Os membros dessa família, portanto, passaram a se tornar a referência para os habitantes do lugar. Esse não é o único caso nos primórdios de São Bento do Sul e Campo Alegre: havia quem morasse na “Avenca dos Teixeira” ou ainda “nos Carneiros”. De qualquer forma, o único nome familiar que permaneceu até os nossos dias como identificador de uma localidade foi o de Fragosos – nome que hoje é pronunciado com a vogal “o” aberta, ao contrário do que acontece com o sobrenome.

A história contada pelos descendentes dos primeiros Fragoso diz que a família possuía muitas terras e prestígio nas redondezas. Também é comum ouvir (não só de descendentes, mas também de moradores) que o primeiro habitante do lugar foi Generoso Fragoso. Foi também isso que ouvi da minha avó Otília Fragoso, bisneta de Generoso. Não existem registros que nos deem  certeza sobre a época em que Generoso Fragoso chegou à região e quem o acompanhou – e também se houve outros Fragoso habitando o local antes dele. Convém enunciar algumas discussões.

O nome completo de Generoso também se perdeu com o passar dos anos: chamava-se Generoso Fragoso de Oliveira. Natural da Lapa, onde nasceu em 25.05.1845, era filho de Ermenegildo Rodrigues de Oliveira (que levou uma vida marcada por acontecimentos inditosos: foi abandonado ao nascer e morreu precocemente aos 27 anos) e sua esposa Francisca Soares, a qual era filha de Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo. O nome “Fragoso” que Generoso portava vinha, assim, de seus ascendentes maternos, enquanto que o esquecido complemento “de Oliveira” vinha do pai, que o adotou por ser um dos sobrenomes da família que lhe acolheu ao nascer.

Antes de chegar à região de São Bento do Sul, Generoso se mudou para São José dos Pinhais, onde, em 12.05.1866, se casou com Leopoldina Maria de Almeida, filha de Joaquim Rodrigues de Almeida, de Lages, e Maria Calisto, de São José dos Pinhais. Foi com Leopoldina que Generoso passou a habitar a região posteriormente conhecida como Fragosos. O casal já tinha ao menos o filho Pedro, batizado em 20.02.1870 em São José dos Pinhais – ou seja, acredita-se que a mudança tenha sido posterior à essa data.

O pioneirismo de Generoso Fragoso encontra alguma resistência para ser aceito quando encontramos o registro de batismo de Gregório, um de seus filhos, em Araucária no dia 08.05.1875. Ora, essa data é posterior àquela que usualmente se defende como a ocupação da região por elementos nacionais. Sabe-se que um dos tropeiros que ajudou os primeiros imigrantes a subir a serra com destino a São Bento, em setembro de 1873, se chamava João Fragoso (ainda não encaixado na genealogia familiar). Ou seja, havia membros da família Fragoso na região de São Bento do Sul antes da data em que encontramos Generoso Fragoso em território paranaense. Não é impossível, no entanto, que Generoso já estivesse em Fragosos na época, mesmo tendo batizado um filho em Araucária – mas existe, nesse ponto, uma dificuldade que precisa ser analisada antes de se chegar a alguma conclusão. Também não é possível afirmar que o tropeiro João Fragoso morava na mesma região de Fragosos – ou seja, a sua simples presença em São Bento do Sul não impede que Generoso tenha chegado antes ao lugar em que passou a morar.

Além de Generoso Fragoso, passaram a morar no lugar, em data incerta, alguns dos seus tios, irmãos da sua mãe Francisca Soares (existem registros de ao menos Virgínio Soares Fragoso, Pedro Soares Fragoso, João Baptista Fragoso, Felippe Soares Fragoso e Miguel Baptista Fragoso, todos filhos de Manoel Soares Fragoso, falecido ainda na Lapa). Também é possível que se deva a esses irmãos o início da povoação do lugar, em alguma migração coletiva da qual Generoso poderia estar presente, mas que, por ter conseguido algum prestígio social[1], teria sido ele o nome que se sobressaiu ao longo dos anos e entrou para a história como o fundador. Embora não seja possível chegar a uma conclusão, a discussão mostra uma primeira tentativa de comprovar documentalmente algumas das histórias da tradição oral em Fragosos.

Generoso Fragoso de Oliveira está sepultado no Cemitério de Fragoso. Faleceu no dia 25.06.1924, aos 79 anos. Essas discussões preliminares podem ser revistas conforme novas descobertas forem surgindo. Elas representam, no entanto, a tentativa de melhor compreender um local especial para quem é descendente da família Fragoso – e até hoje, a região de Fragosos conta com um grande número de descendentes de Generoso e de seus tios.


[1] Sabemos que Generoso Fragoso de Oliveira tinha certo prestígio no meio em que vivia. Consta que algumas reuniões envolvendo personalidades políticas de Campo Alegre teriam acontecido em sua casa. Há vários registros de compadrio que envolvem o nome de Generoso e figuras de destacada atuação na vida pública da região, como o líder republicano João Filgueiras de Camargo. Saturnino Fragoso de Oliveira, filho de Generoso, teve como padrinho de casamento Francisco Bueno Franco, outra personalidade evidenciada na história política de São Bento do Sul e Campo Alegre.