Famílias da Boêmia e suas aldeias de origem

Abaixo, seguem o nome de aldeias da Boêmia e os respectivos sobrenomes de famílias que de lá imigraram ao Brasil pelo porto de São Francisco do Sul.

A maioria se estabeleceu em São Bento do Sul/SC, mas outras tomaram destinos diversos, inclusive indo para o Rio Grande do Sul.

Há sobrenomes que aparecem em várias aldeias. Sugiro pesquisar um sobrenome usando Ctrl + F.

Há famílias que ainda não tiveram a sua aldeia identificada.

Se estiver interessado em uma informação ou pesquisa específica sobre alguma dessas famílias, entre em contato.

ALBERSDORF: Baumrucker, Böhm

ALBRECHTSDORF: Endler, Fischer, Paulata, Rössler, Simm, Swarowsky, Zimmermann

ARNAU: Havel, Kapp, Scholz

ARNSDORF (há mais de uma): Jankel, Raschel, Schlögl (Schlegl)

AUSSIG: Malik

BÄRNSDORF: Ritter

BAUSCHOWITZ (há mais de uma): Laube

BAUTZEN: Schützel

BRAND (há mais de uma): Schwarz

BRUNN: Barnack

BUCHAU: Kolbe

BULLENDORF: Lammel

CHINITZ-TETTAU: Gruber, Knickel, Stiegelmeier (Stiegelmeyer)

CHUDIWA: Gruber

DALLESCHITZ: Jappe

DESCHENITZ: Dietrich (Ditrich), Seidl (Seidel), Treml, Zierhut

DESSENDORF: Adamitschka, Fischer, Schwedler

DITTERSBACH: Altmann

DÖRRSTEIN: Rohrbacher

DUX: Grimm, Schneider, Walter

EGER: Bergler

EISENSTEIN: Gschwendtner, Maurer (Mauerer), Pilati, Schaffhausen, Stöberl (Stoeberl)

EISENSTRASS: Bachal (Bachel), Baierl, Böschl (Pöschl), Brandl, Brozka, Frisch, Fürst, Gregor, Grossl (Grassl), Kahlhofer, Konrad, Kuchler, Linzmeyer (Linzmayer), Marx, Neppel , Pflanzer, Schröder (Schroeder)

FALKENAU (há mais de uma): Tietzmann

FLECKEN: Baierl, Hübl (Hiebl), Hien, Kohlbeck, Kirschbauer, Kautnick (Koutnick), Maier (Mayer), Mühlbauer, Münch, Prechtl, Rank, Stascheck (Tascheck), Stueber (Stuiber, Stüber), Stöberl (Stoeberl), Treml, Zipperer

FREIHÖLS: Adlersflügel, Rosenscheck (Rosnischeck)

FREUDENBERG: Richter

FRIEDLAND IN BÖHMEN: Neumann, Scholz

FRIEDRICHSDORF: Prade

FRIEDRICHSWALD: Gärtner (Gaertner), Heinrich, Keil, Lammel, Müller, Schaurig (Schaurich), Streit, Weber

FUCHSBERG: Heinrich

GABLONZ: Brückner, Fink(e), Görnert, Grolop, Hatschbach, Hinke, Hübner, Kirschner (Kirchner), Kohl, Ludwig, Luke, Scholz, Seidl (Seidel), Strackel, Vorbach, Zenkner

GLASHÜTTEN: Aschenbrenner, Eckstein, Grosskopf, Seidl (Seidel), Weiss, Wotroba

GRÄNZENDORF: Bergmann, Hübner, Leubner, Patzelt, Rieger, Seibt, Tandler, Ullrich

GRAUPEN: Seifert (Seiffert)

GRÜNAU: Artner

GRÜNTHAL: Ludwig

GRÜNWALD: Bergmann, Fleischmann, Heidrich (Haidrich), Scholz, Wöhl (Woehl), Zappl (Zappe), Zeemann (Zemann)

GUTBRUNN: Kundlatsch

HAIDA: Hermann, Langhammer, Student

HAIDL AM AHORNBERG: Bayerl (Bail)

HAMMERN: Augustin, Buchinger (Puchinger), Dorner, Drechsler, Dums, Eckel, Ehrl (Erl), Fürst, Grossl, Jungbeck, Kahlhofer (Kohlhofer), Kollross, Liebl, Linzmeyer (Linzmayer), Muckenschnabel, Oberhofer, Pscheidt, Rorhbacher, Rückl, Schreiner, Stiegler, Stöberl (Stoeberl), Tauscher (Tanscher)

HARRACHSDORF: Seidl (Seidel)

HINTERHAUSER: Christoph (Christof)

JOHANNESBERG: Fischer, Gürtler, Jantsch, Kaulfuss, Nierig, Pilz, Posselt, Preussler, Reckziegel, Rösler (Rössler), Schöler, Schwedler , Worm

JOHANNESTAHL: Mai (May), Stark, Swarowsky, Thalowitz

JOSEFSTHAL: Dressler, Zimmermann

KALTENBRUNN: Gassner, Hübl (Hiebel), Schreiner

KARLSBERG: Posselt

KATHARIENBERG: Beckert

KLATTAU: Fleischmann, Mundel

KLETSCHEDING: Bauer

KOCHOWITZ: Hanush (Hannusch)

KOHLHEIM: Grosskopf, Kroll, Schürer

KOMOTAU: Schreiber

KUKAN: Kittel, Mensel, Simm

LABAU: Pfeiffer

LADOWITZ: Schneider

LANGENAU: Hüttel, Keil

LANGENBRÜCK (há mais de uma): Jung

LANGENDORF (há mais de uma): Glaeser, Rauch

LEWIN: Grossmann

LICHTNECK: Stiegelmeier (Stiegelmeyer)

LIEBENAU: Preissler, Skolande, Watzke

LIEBORITZ: Anton, Hübsch

LIPTITZ: Bobel (Bobl), Czernay

LOMNITZ BEI GITSCHIN: Fendrich

MAFFERSDORF: Bergmann, Hauser, Keil, Klinger, Lorenz, Maier (Mayer), Möller, Posselt, Schwarzbach, Wöhl (Woehl)

MARIA RADSCHITZ: Nacke (Nake, Nakl)

MARIASCHEIN: Kern

MARIENBERG: Altmann, Breisler, Endler, Fischer, Müller, Neumann, Niester, Poerner (Perner), Ringmuth, Simm, Urbanetz , Wolf (Wolff)

MARSCHOWITZ: Grossmann, Hatschbach, Pfeiffer

MAXDORF: Dressler, Elstner, Hoffmann, Jäckel  (Jäkel), Morch, Pilz, Prediger, Reckziegel, Schöler, Tandler, Tischer, Vater

MORCHENSTERN: Elstner, Endler, Engel, Feix, Fischer, Haupt, Hoffmann, John, Kaulfuss, Klinger, Köhler, Luke, Melich, Posselt, Reil, Rössler, Scheibler, Scheufler, Schier, Schöffel (Scheffel), Staffen (Steffen), Strauski, Ullmann, Ullrich, Wildner

MÜLLIK: Pauli

NEU PAULSDORF: König

NEUBIDSCHOW: Neumann, Schick

NEUDORF (há mais de uma): Bauer, Binder, Dobner, Dunzer, Hoffmann, Hüttl (Hütl), Mareth, Peyerl, Preissler, Schlögl , Schreiber, Schwarz, Warth, Weiss, Wolf (Wolff)

NEUERN: Augustin, Grosskopf, Pospischil, Schadeck, Tauscheck (Tauschek), Zierhut

NEUSORGE: Dittrich

NIEDER-GEORGENTHAL: Grohmann

OBERKREIBITZ: Bienert

OSSEGG: Liebsch

PELKOWITZ: Klamatsch, Lang, Seiboth (Saiboth), Sedlak , Stracke, Weiss

PETLARN: Bauer, Theinl

PILSEN: Morawka

PLÖSS: Hübl (Hiebl)

POLAUN: Bartel, Feix (Faix), Fischer, Haupt, Hinke, Langhammer, Neumann, Pachmann, Seidl (Seidel), Umann, Weinert

PRISCHOWITZ: Friedrich, Hossda, Lang, Rössler, Schier, Simm, Thomas

PULETSCHNEI: Schöffel (Scheffel), Wabersich

RADL: Kundlatsch (Rundlatsch), Seiboth

RATSCHENDORF: Kaulfersch, Rieger

REHBERG: Gruber, Pauckner, Raab

REICHENAU: Fink(e), Hoffmann, Jäger, Kraus(s), Kwitschal (Kwicala), Maschke, Milde, Peukert, Preissler, Preussler, Rössler (Roesler), Schwarzbach, Strnad (Sternardt), Stracke, Weiss, Wenzel

REICHENBERG: Beckert, Brokopf,  Fiebiger, Hartel, Hoffmann, Hübner, Killmann (Kilmann), Kluss, Mittelstedt, Purde, Riedel, Roscher, Stark, Thurm, Worrel (Warel)

RÖCHLITZ: Linke

ROSSHAUPT: Degelmann, Diener, Dobner, Dörfler, Fleischmann, Freiersleben, Friedel, Hoffmann, Körb, Krauss, Kreutzer, Magerl, Nosseck, Plomer, Prem, Randig, Rauch, Salfer, Stieg, Veith (Voith), Wagner

ROTHENBAUM: Bechler (Boechler), Rank, Wöllner

RÜCKERSDORF: Appelt, Maros (Meros)

SATTELBERG: Raab

SCHENKENHAHN: Friedrich

SCHLAN: Michel

SCHLUCKENAU: Otto

SCHÖNWALD (há mais de uma): Huf , Steiner

SCHUMBURG: Richter, Swarowsky

SILBERBERG: Bayerl

SONNENBERG: Hanel, Wand

SPITZBERG: Katzer, Kriesten, Schindler

STADTLER: Hoffmann, Müller, Schiessl, Uhlig (Uhlich), Uhlmann, Wolf (Wolff)

STEINSCHÖNAU: Richter, Ritschel

ST. KATHARINA: Augustin, Drechsler, Grossl, Hoffmann, Lobermeyer (Lobermayer), Maurer (Mauerer), Münch, Rank, Stuiber (Stüber)

SVAROV: Balatka

TACHAU: Wächter

TANNWALD: Brückner, Endler, Feix, Hillebrand, Horn, Nigrin, Schnabel, Schwarz, Seibt

TIEFENBACH: Tureck, Umann

ULLERSDORF: Köhler, Zeithammer

UNTERMARKTSCHLAG: Naderer

VOITSDORF: Schlinzig

WALDAU: Duffeck

WEGSTÄDTL: Neumann

WEISSKIRCHEN: Hoffmann

WIESENTHAL: Dietrich (Ditrich), Fischer, Haupt, Hoffmann, Jantsch, Koliska, Krupka, Ludwig, Lung, Nowotny, Pfeiffer, Rössler, Scholz(e), Wöhl (Woehl), Zimmermann

WURZELSDORF: Hermann, Korbelar, Krause, Neumann, Schier

Casamento de Thereza Grossl e José Frisch

A foto abaixo retrata o casamento de José Frisch, ferreiro, filho de outro Josef  Frisch e de Clara Dorner, e sua esposa Thereza Grossl, filha de Josef Grossl e Maria Beil. O casamento aconteceu em São Bento do Sul no dia 01.07.1916. Posteriormente, o casal mudou-se para Mafra. A foto foi passada por Marli Henning Rauth, neta do casal, no grupo SBS no Passado do Facebook.

Genealogia Boêmia – Família Grossl

Essa é uma pequena mostra da minha pesquisa sobre a Família Grossl, uma das mais conhecidas na região de São Bento do Sul, e que faz parte do trabalho “Genealogia Boêmia de São Bento do Sul”, em elaboração. Não foi uma, mas cinco as famílias Grossl que imigraram para o Brasil, e todas elas só vão se tornar uma única em solo boêmio.  Se você pertence à família Grossl, entre em contato para trocarmos informações.

.

Grossl

.

JOHANN GROSSL, lavrador, imigrou de Hammern, na Boêmia, aos 55 anos de idade, com sua esposa Theresia Linzmeyer, de 53 anos, e seis filhos a bordo do Shakespeare, que partiu do porto de Hamburgo, na Alemanha, aos 20.09.1874 e chegou ao porto de São Francisco do Sul aos 11.11.1874. Johann Grossl recebeu um lote de Estrada Argolo. Já era falecido em 1889. O casal teve os seguintes filhos:

1.1 Theresia Grossl § 1.º

1.2 Franz Grossl § 2.º

1.3 Ignatz Grossl § 3.º

1.4 Rosalie Grossl § 4.º

1.5 Johann Grossl § 5.º

1.6 Karl Grossl § 6.º

§ 1.º

1.1 Theresia Grossl, lavradora, nascida em Hammern e casada religiosamente em São Bento do Sul aos 40 anos de idade no dia 08.10.1892, e civilmente aos 23.05.1893 (2C-170), com Josef Brandl, viúvo de Anna Schweinfurter, nascido por volta de 1837 em Eisentrasse, na Boêmia, filho de Michael Brandl e Margareth Mundl. O casal, ao que tudo indica, não teve descendência. Josef Brandl faleceu na casa de seu genro Benedikt Beyerl no dia 02.07.1917, sendo sepultado no Cemitério Municipal, em lápide não mais encontrada. Theresia Grossl faleceu em São Bento do Sul no dia 22.06.1930.

§ 2.º

1.2 Franz Grossl, lavrador na Estrada Argolo, nascido e batizado em Hammern. Casou-se em primeiras núpcias com Catharina Christoff, filha de Georg Christoff e Barbara Pscheidt, neta paterna de outro Georg Christoff e Waldburga Linzmeyer, neta materna de Georg Pscheidt e Catharina Braun. Catharina Christoff faleceu aos 21 anos no dia 27.08.1885. Viúvo, Franz Grossl voltou a se casar em São Bento do Sul no dia 10.02.1886 com Anna Stascheck, de 20 anos, nascida em Plöss e batizada em Rothenbaum, na Boêmia, filha dos imigrantes Franz Stascheck e Anna Maria Mühlbauer, neta paterna de Johann Stascheck e Maria Schweda, neta materna de Jacob Mühlbauer e Margarida Seidl. Franz Grossl faleceu em São Bento do Sul no dia 06.11.1911, aos 54 anos. Com Catharina Christoff, Franz Grossl teve;

2.1 Jorge Grossl, nascido em São Bento do Sul aos 09.08.1882 e batizado no mesmo lugar aos 27.08.1882, tendo como padrinhos Georg e Franziska Grossl.

2.2 Francisca Grossl, doméstica, nascida em São Bento do Sul aos 18.10.1883 e batizada no mesmo lugar aos 10.11.1883, tendo como padrinhos Georg e Franziska Grossl. Casou-se civilmente em São Bento do Sul aos 10.10.1914 (8C-58v) com Frederico Wilhelm Johann Franz, lavrador, batizado protestante na mesma cidade aos 26.09.1891, filho de Heinrich Franz e Albertina Kämpfert. Moravam no bairro Mato Preto. Lá, Francisca Grossl faleceu aos 17.12.1970 (3FC-279), sendo sepultada no Cemitério da Estrada Dona Francisca. Seu esposo Frederico faleceu no mesmo lugar aos 14.08.1972 (4FC-27v) e foi sepultado no mesmo cemitério. Pais de:

 3.1 Rosina Franz, com 57 anos em 1972.

 3.2 Erico Franz, com 56 anos em 1972.

 3.3 Alberto Franz, com 54 anos em 1972.

2.3 Maria Grossl, falecida em São Bento do Sul aos 5 meses de idade no dia 18.01.1886, sendo sepultada no cemitério da sede da cidade. 

(…)

*

GEORG GROSSL, lavrador, que nasceu em Hammern, na Boêmia, no mês de novembro de 1847, mas não se lembrava o dia. Era filho de Johann Grossl e Franziska Hüttl ou Brey, que talvez tenham imigrado para São Bento também, embora não se tenha achado, até o momento, qualquer registro do casal. Georg Grossl imigrou a bordo do Humboldt, que saiu do porto de Hamburgo aos 15.04.1876 e chegou ao porto de São Francisco do Sul aos 11.06.1876. Veio com a esposa Franziska Linzmeyer, nascida aos 02.02.1847, filha de Josef Linzmeyer e Anna Stahl, ambos falecidos na Boêmia. O casal trouxe consigo a filha Maria, além de Katharina Grossl, de 26 anos, irmã de Georg Grossl. Ainda em 1876, Georg recebeu um lote colonial na Estrada dos Banhados a oeste. Franziska faleceu aos 16.09.1891 (2FC-102v), aos 44 anos de idade, sendo sepultada no cemitério da sede de São Bento do Sul. Georg ainda vivia em 1914. Foram pais de:

 1.1 Maria Grossl § 1.º

 1.2 … Grossl § 2.º

1.3 Jorge Grossl § 3.º

1.º

1.1 Maria Grossl, que imigrou ao Brasil na companhia dos pais com apenas 3 meses de idade, nascida aos 25.01.1876. Foi casada religiosamente em São Bento do Sul no dia 15.01.1900 (6C-15) com Wolfgang Schiessl, nascido na mesma cidade aos 30.10.1877, residente na Colônia Lucena, filho de Josef Schiessl e Anna Pankratz, imigrantes de Stachenried, na Bavária, neto paterno de outro Josef Schiessl e Therezia Nagel, e neto materno de Michael Pankratz e Eva Horn. 

(…)

*

KARL GROSSL, casado com Margareth Schreiner, e que já era falecido em 1876, quando a esposa imigrou ao Brasil, acompanhada dos filhos, a bordo do Humboldt, que saiu do porto de Hamburgo aos 15.04.1876 e chegou ao porto de São Francisco do Sul aos 11.06.1876. Foram pais de:

1.1 Mathias Grossl § 1.º

1.2 Georg Grossl § 3.º

1.3 Katharina Grossl § 2.º

§ 1.º

1.1 Mathias Grossl, operário e lavrador, nascido em Hammern aos 22.09.1842. Imigrou na companhia da mãe, a bordo do Humboldt, em 1876. Casou-se em São Bento do Sul aos 14.04.1878 com Katharina Stuiber, filha de Georg Stuiber e Thereza Kirchner. Moravam na Estrada Paraná. Mathias Grossl faleceu na Estrada Dona Francisca aos 69 anos de idade no dia 09.05.1911, sendo sepultado no cemitério de Lençol. Foram moradores na Estrada da Serra e tiveram:

 2.1 Carlos Grossl, curtidor, nascido na Estrada da Serra aos 03.02.1879 (1N-10v) e batizado em São Bento do Sul aos 10.02.1879, tendo como padrinhos Carlos Stuiber e sua esposa Thereza. Foi casado civilmente na mesma cidade no dia 01.12.1900 (3C-173) e religiosamente na capela de Lençol aos 19.11.1901 (6C-44) com Maria Neidert, doméstica, de 20 anos, filha de Francisco e Augusta Neidert. Maria Neidert faleceu em Lençol aos 09.05.1946 (1FC-216v) e foi sepultada no cemitério daquela localidade.

(…)

*

KASPER GROSSL, operário, imigrou de Eisenstrasse, na Boêmia, aos 55 anos de idade, em companhia da esposa Barbara Bangerl, de 48 anos, e seus filhos, a bordo do Humboldt, que saiu do porto de Hamburgo aos 15.04.1876 e chegou ao porto de São Francisco do Sul aos 11.06.1876. Kasper Grossl faleceu em São Bento do Sul, já em estado de viúvo, no dia 21.06.1904 (3FC-128v), aos 84 anos de idade, sendo sepultado no Cemitério de Lençol. Tiveram a seguinte geração:

1.1 Catharina Grossl § 1.º

1.2 Kasper Grossl § 2.º

1.3 Karl Grossl § 3.º

1.4 Josef Grossl § 4.º

§ 1.º

1.1 Catharina Grossl, nascida em Eisenstrasse. Morava na Estrada da Comunicação e foi casada com Andreas Seidl, filho de outro Andreas Seidl e sua esposa Barbara Rürhl, imigrantes de Glasshütte, na Boêmia. Foram moradores da Estrada Dona Francisca. Andreas Seidl faleceu em São Bento do Sul aos 81 anos de idade no dia 27.04.1933. Tiveram geração conforme o título Seidl.

§ 2.º

1.2 Kasper Grossl, nascido e batizado em Eisenstrasse. Foi casado em São Bento do Sul aos 28 anos de idade no dia 26.06.1888 com Anna Brandl, também de Eisenstrasse, nascida aos 23.04.1868, filha de Josef Brandl e Anna Schweinfurter, neta paterna de Michael Brandl e Margareth Mundl. Kasper Grossl faleceu em São Bento do Sul aos 79 anos de idade no dia 30.04.1938. Sua esposa Anna Brandl faleceu na mesma cidade no dia 01.11.1948 (8FC-269), aos 81 anos de idade, sendo sepultada no Cemitério Municipal. Moravam na Estrada Argolo e foram pais de:

2.1 Maria Grossl, nascida em São Bento do Sul aos 05.04.1891 (4N-134) e falecida no dia 08.04.1891, tendo sido sepultada no cemitério da sede de São Bento do Sul.

2.2 Francisco Grossl, lavrador, nascido em São Bento do Sul aos 03.02.1894 e casado civilmente no mesmo lugar aos 12.01.1924 (10C-49) com Anna Kuchler, doméstica, nascida aos 08.03.1892, residente na Estrada dos Banhados, filha de Josef e Anna Kuchler. Francisco Grossl faleceu em sua casa na Estrada dos Banhados, em São Bento do Sul aos 16.05.1968 (3FC-203v). Sua esposa Anna Kuchler faleceu no mesmo lugar aos 05.09.1978 (C1-120), sendo ambos sepultados no Cemitério Municipal. Foram pais de:

3.1 José Grossl, lavrador, nascido em São Bento do Sul aos 16.05.1925 (20N-172). Residia na Estrada dos Banhados e foi casado civilmente na mesma cidade aos 20.11.1954 (3C-246) com Regina Pilz, lavradora, nascida em São Bento do Sul aos 26.03.1930, residente na Estrada Sertão, filha de Hugo e Maria Pilz. José Grossl residia na Rua Carlos Manoel Linzmeyer, sem número, quando faleceu em São Bento do Sul aos 19.02.1987 (C2-244), sendo sepultado no Cemitério Municipal.

(…)

*

LAURENZ GROSSL, operário, imigrou aos 43 anos de Eisentrasse, na Boêmia, a bordo do Humboldt, que saiu do porto de Hamburgo aos 15.04.1876 e que chegou ao porto de São Francisco do Sul aos 11.06.1876, na companhia da esposa Catharina Zöllner e os seus quatro filhos. O casal se estabeleceu no caminho oeste da Estrada dos Banhados. Ambos já eram falecidos no ano de 1884. Foram pais de:

1.1 Michael Grossl § 1.º

1.2 Katharina Grossl § 2.º

1.3 Theresia Grossl § 3.º

1.4 Ludwig ou Laurenz Grossl § 4.º

§ 1.º

1.1 Michael Grossl, nascido e batizado em Grün, na Boêmia. Imigrou ao Brasil na companhia dos pais aos 17 anos de idade. Foi casado em São bento do Sul aos 25 anos de idade no dia 14.07.1885 com Franziska Fürst, de 25 anos de idade, nascida e batizada em Hammern, na Boêmia, filha de Ignatz Fürst e Waldburga Oberhofer, que vieram ao Brasil a bordo do Humboldt, o mesmo barco que trouxe Michael Grossl e sua família. Assim como o pai, Michael Grossl recebeu um lote colonial na Estrada dos Banhados a oeste em 1876.

(…)

Retreta da Banda Treml nos anos 80

O amigo Marcio Brosowsky, músico da Banda Treml, disponibilizou há algum tempo no Youtube a gravação de uma retreta feita em São Bento do Sul no final dos anos 80.  Desde os anos 40, as retretas acontecem no coreto da praça Getúlio Vargas entre os meses de janeiro e março. Brosowsky cita os músicos Otto Roesler Filho, Harald Bollmann, Bubi Grossl, Lauro Muhlbauer, Aldo Denk, João Galkowski, Herbert Fendrich e Fuhrmann entre aqueles que aparecem no vídeo e que já são falecidos.

As primeiras parteiras de São Bento do Sul

Você já teve curiosidade em saber como vieram mundo os primeiros são-bentenses? Eles, naturalmente, não dispunham do mesmo conforto que temos hoje. O atendimento médico se resumia ao Dr. Felippe Maria Wolff, que só se instalou em São Bento alguns anos depois que a colônia já havia sido fundada – antes disso, fazia apenas visitas regulares. Não é difícil imaginar que as mulheres grávidas não podiam depender da sua assistência quando sentiam as dores do parto. Logo, quem entrava em cena eram as parteiras.
.
A história acabou deixando à margem essas personagens, e hoje pouco sabemos a respeito do trabalho das primeiras parteiras de São Bento. Descobri por acaso o nome de algumas delas, mencionadas por um escrivão mais detalhista, no ano de 1879 – mesmo assim, normalmente a identificação era imprecisa (“a mulher do colono Henrique”, por exemplo). De tudo que foi possível descobrir, as seguintes mulheres atuaram pelo menos uma vez como parteira nos primórdios de São Bento:
.
Franziska Schmidt (ou, “a mulher do Gschwendtner”), Marianna Faralich, Anna Hanisch (Hanusch?), Carolina Lemann, Guilhermina Engel, Anna Leck, Barbara Grossl, Anna Tauscheck, Maria Mühlbauer, a mulher do Schabniefska, a mulher do colono Henrique, a mulher do Jantsch, a mulher Bäcker, e mais alguns nomes ilegíveis.
.
Dessas, as primeiras aparecem em mais de um registro, fazendo acreditar que realmente atuavam como parteiras na região. Era um trabalho que possivelmente exigia caminhadas longas, às vezes noturnas, e no qual não contavam com muitos materiais de auxílio. É possível imaginar as dificuldades de um parto realizado de madrugada, com pouca iluminação na casa.
.
Provavelmente, essas parteiras passavam por muitas situações de incerteza e insegurança – elas estavam sujeitas a vários riscos, pois muitas crianças e mulheres morriam durante o parto. Por outro lado, deviam ser mulheres de notável sensibilidade e sabedoria. É possível que fizessem uso de práticas populares, como uso de plantas medicinais e simpatias. Certamente faziam uso da oração, como forma de garantir que o parto acontecesse sem maiores problemas.
.
E, pelas mãos dessas mulheres, nasceram gerações de são-bentenses.

Sobrenomes Mais Comuns em SBS

Resolvi contar na lista telefônica os sobrenomes com maior quantidade de números em São Bento do Sul. O objetivo era ter uma ideia dos sobrenomes estrangeiros mais comuns na cidade. Consultei as edições do Rotary de 2000, 2003 e 2005 (infelizmente não tive acesso à de 2008). Os resultados foram bastante semelhantes nas três edições, apenas com ligeira troca de posições de ano para ano. Naturalmente, esse não é um trabalho científico, e seus resultados não podem ser levados tão a sério – embora possam ser bons indicativos.

Segundo a lista telefônica de 2005, os sobrenomes mais comuns em São Bento são:

2005

1. Pscheidt 86

2. Becker/Beckert 82

3. Weiss 73

4. Bail/Bayerl e variações 70

5. Linzmeyer e variações 68

6. Liebl e Rank 64

8. Grossl 53

9. Rudnick 52

10. Schröder 45

11. Krüger 44

12. Dums 42

13. Mühlbauer 41

14. Fendrich, Gruber e Neumann 40

Isso significa que a família Pscheidt é a que mais possui telefone em São Bento. E que, provavelmente, tem tudo para ser o sobrenome com maior número de portadores na cidade. Tal predomínio se justifica: o imigrante Wenzel Pscheidt, quando veio ao Brasil em 1876, trouxe consigo 11 filhos. Destes, 7 eram homens – ou seja, levaram adiante o sobrenome Pscheidt. Cada um desses 7 também teve uma quantidade considerável de filhos, e boa parte deles também homens. Com isso, o sobrenome, que já era bastante comum no início, se tornou ainda mais popular e se espalhou pela região.

Os Pscheidt já lideravam a lista telefônica na edição anterior, de 2003, que apresentou a seguinte frequência de sobrenomes na cidade:

2003

1. Pscheidt 94

2. Becker/Becker 75

3. Bail/Bayerl e variações 70

4. Linzmeyer e Rank 67

6. Weiss 65

7. Liebl 64

8. Grossl 63

9. Rudnick 50

10. Schröder

11. Grosskopf 43

12. Fendrich e Krüger 41

14. Gruber 40

15. Mühlbauer e Neumann 39

Não houve alteração de sobrenome entre os 10 primeiros, apenas em suas posições. É possível ver que, entre 2003 e 2005, a família Pscheidt se desfez de alguns telefones. A família Becker, por sua vez, resolveu adquirir vários (talvez na ânsia de assumir a primeira posição). Ao contrário da família Pscheidt, não é possível dizer que os Becker venham de um único tronco familiar (a própria diferença entre Becker e Beckert é mostra disso).

Houve a família do imigrante Anton Beckert, que veio a São Bento, mas também houve ramos que vieram depois, de Joinville, para a cidade. Apenas um trabalho genealógico mais apurado vai poder identificar em que medida se trata de uma mesma família.

A lista telefônica do ano 2000, mais antiga a ser consultada, mantinha os Pscheidt na liderança. Na ocasião, os Becker ainda estavam na terceira colocação:

2000

1. Pscheidt 62

2. Bail/Bayerl e variações 55

3. Becker/Beckert 52

4. Grossl 48

5. Rank 44

6. Weiss 42

7. Rudnick 36

8. Fendrich e Schröder 34

10. Linzmayer e variações 32

11. Liebl 30

12. Gruber e Neumann 29

14. Dums 26

15. Grosskopf 25

Os resultados das três listas mostram a franca decadência do telefone nas residências dos Bayerl. Em 2000, era a segunda família mais citada. Em 2003, a terceira. Em 2005, a quarta. A família Bayerl e a sua meia dúzia de variações, também ao contrário dos Pscheidt, não representa a mesma família. Foram ao menos seis as famílias Bayerl que imigraram para São Bento do Sul na década de 1870. A grande quantidade de famílias portando o sobrenome ajuda a explicar a sua frequência. Se elas têm uma origem em comum, ela acontece apenas lá na Europa, o que hoje ainda é impossível descobrir.

Gostaria de citar também que, no ano 2000, os Fendrich apareceram entre os 10 primeiros, e depois nunca mais. Há uma explicação: já faz algum tempo que só nascem mulheres na família.

Aldeia Natal dos Imigrantes II – Eisenstrass

Eisenstrass, na Boêmia

Eisenstrass, na Boêmia

Da vila de Eisenstrass, na Boêmia, hoje chamada de Hojsova Straz, vieram para São Bento do Sul, ao que se sabe, as seguintes famílias:

 

Bacherl, Josef

Bayerl, Jacob

Bayerl, Josef

Brandl, Josef (meu tetravô)

Fritsch, Josef

Fürst, Anton

Gregor, Stephan

Grossl, Kasper

Grossl, Laurenz

Kahlhofer, Aloys

Konrad, Jacob

Kuchler, Josef

Linzmeyer, Johann

Linzmeyer, Veit

Marx, Franz

Neppel, Reinhold

Pflanzer, Carl

Pöschl, Franz

Roerl, Johann

Schroeder, Josef

Schroeder, Georg

Stoeberl, Felix  

 

Sobre a vila de Eisentrass, encontramos informações no mesmo site que fala sobre Hammern. A tradução é a seguinte:

 

HOJSOVA STRÁŽ (Eisenstrass)

 

Hojsova Stráž, centro de visitação no inverno, fica na parte ocidental das montanhas Šumava (Floresta Boêmia). Está localizada cerca de 8 km ao norte da cidade Železná Ruda, nas escostas ocidentais da montanha Můstek.

 

Foi fundada por mineiros, próximos das minas de ferro, no século XVI. Foi também sede, naquela época, do gabinete magistrado. Esse lugar se tornou muito conhecido no século XX, devido ao desenvolvimento do turismo nas montanhas Šumava.

 

A Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na vila, foi construída entre 1824-1826.

Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição

Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição

É muito provável que esses imigrantes citados tenham sido batizado ou tenham se casado nessa Igreja. Meu tetravô nasceu em 1817 – portanto, antes da sua criação. De qualquer forma, deve ter sido lá que se casou com Anna Schweinfurter, esposa com a qual teria três filhos.

Aldeia Natal dos Imigrantes I – Hammern

Da aldeia de Hammern, na Boêmia, imigraram para Sâo Bento do Sul as famílias Aschenbrenner, Augustin, Dorner, Dums, Eckl,  Ehrl, Fürst, Grossl, Jungback, Kollross, Liebl, alguns Linzmeyer, Oberhofer, Pscheidt, Puschinger, Rank, Rohrbacher, Rückl,  Schreiner, Stiegler, Stoeberl, Stueber, Tauscher, alguns Treml, e provavelmente outras.

Existe um site específico sobre o sul e a floresta da Boêmia. Nele, constam algumas informações sobre a história das vilas daquela região. Entre elas, a vila de Hamry, nome atual de Hammern. De lá, traduzo as seguintes informações sobre a vila:

 

HAMRY

A pequena vila Hamry é um centro bem conhecido de lazer na parte ocidental das montanhas Sumava (Bôhmerwald) no Rio Uhlava, cerca de 8 km a sudeste da cidade de Nyrsko.

A vila surgiu como um assentamento de ferreiros, próximo das minas de ferro. A primeira menção é de 1429. As fábricas de vidro foram fundadas ali na primeira metade do século XVIII. Hamry foi também uma sede do gabinete magistrado, na Idade Média.

O nome Hamry quer dizer “moinhos de ferro” e se origina do tempo da fundação do original assentamento de ferreiros.

A Igreja de Nossa Senhora das Dores (está “Sorrow”) surgiu da capela original em 1773. A única fonte talhada de um bloco de granito pode ser vista próxima da Igreja. Ela data de 1856 e tem cerca de 4m de comprimento e 1m de largura.

O compositor P. Stuiber nasceu e morreu em Hamry.