A casa de Friedrich Labanz

Meu tetravô Friedrich Wilhelm Labanz nasceu em Danzig, ou naquela região, na Prússia Ocidental, aos 05.09.1847. Era filho de outro Friedrich Labanz e de Louise Zollmenger.  Aparentemente era evangélico. Casou-se por lá com Wilhelmine Witt, com quem imigrou ao Brasil em 1876 a bordo do Vapor Bahia, já com duas filhas (Ida Bertha, minha trisavó, e Emma).  Estabeleceram-se na Estrada Bismarck, em São Bento do Sul. Lá, Friedrich  foi lavrador e também, curiosamente, vigia noturno. 

Friedrich Labanz só teve filhas mulheres – isto é, chegou a ter um homem, chamado Germano, mas ele faleceu aos 15 anos após um coice de cavalo.  As mulheres se casaram e adotaram o sobrenome de seus maridos, de modo que o sobrenome se perdeu, não existe mais na região. Ainda assim, existe em nossos dias quem tenha uma referência sobre a passagem de Friedrich Labanz por aqui.

O colega Marcio Brosowsky contou-me que Friedrich Labanz comprou a propriedade de Franz Brosowsky, seu trisavô, quando este mudou para Corupá. Décadas depois, o local passaria para Heinrich Pichol, professor de música, segundo o qual a casa havia sido construída por Labanz.  Essa casa ainda existe, embora tenha sido uma tanto descaracterizada pelas reformas feitas.

Uma foto dos fundos da casa:

Friedrich Labanz morou na Estrada Bismarck até perto do fim da vida. Quando a esposa Wilhelmine Witt faleceu em junho de 1924, ele parece ter se mudado para a casa da filha Alma Ottília, casada com Bertholdo Feix, moradores na Estrada Dona Francisca. Neste mesmo lugar, Friedrich Labanz faleceu já no ano seguinte, exatamente aos 13.11.1925, há 87 anos. Foi sepultado no Cemitério Municipal, mas não há mais uma lápide que o identifique, a exemplo da esposa.