Genealogia Brasileira de SBS – Família Teixeira

São essas, até o momento, as informações genealógicas levantadas a respeito da ascendência da família Teixeira de São Bento do Sul, uma das pioneiras entre os brasileiros que chegaram à região. São ancestrais também dos “Vidal Teixeira” da cidade. As pesquisas foram feitas por mim em livros da Igreja Católica de São José dos Pinhais, e também na Genealogia Paulistana, de Silva Leme, e Genealogia Paranaense, de Francisco Negrão. Cada número representa o antepassado da pessoa anterior. Para dúvidas, correções ou acréscimos, entre em contato nos comentários. 

I) THOMAS UMBELINO TEIXEIRA, um dos primeiros brasileiros a se estabelecer em São Bento do Sul, alferes, fazendeiro, lavrador e signatário do Manifesto Republicano da cidade, em 26.06.1887, no qual era declarado que “nenhum dos partidos monárquicos poderão trazer felicidade e progresso à nossa pátria”, razão pela qual aqueles signatários passariam, a partir daquela data, a ingressar no Partido Republicano Federativo de São Bento, “único que poderá levantar do abatimento em que se acha o nosso país”. Thomas Umbelino Teixeira foi batizado em São José dos Pinhais no dia 26.10.1817, tendo como padrinhos Pedro Machado e Maria Machado. Casou-se naquela cidade em 23.04.1835 com Tereza Maria da Rocha, que cremos ser a mesma que foi batizada em São José dos Pinhais no dia 14.06.1817, filha de Maria da Rocha, já falecida por ocasião do casamento, e pai incógnito. Foram testemunhas o Alferes José Manoel Machado, casado, e Custódio Teixeira, solteiro. Com sua esposa, Thomas Umbelino Teixeira teve grande descendência, conforme se verá, que o acompanhou quando migrou para a região de São Bento do Sul. Viúvo, Thomas voltou a se casar em São José dos Pinhais no dia 22.09.1868 com Francisca Maria Machado, viúva de José da Cruz, com dispensa no impedimento de consanguinidade em 2º grau. Desse segundo casamento, foram testemunhas Joaquim Ferreira da Cruz e Joaquim Alves Fontes. Já morando em São Bento do Sul, Thomas voltou a ficar viúvo e se casou, em data e local ignorado, com Pursina dos Santos, mais de 30 anos mais nova, batizada em São José dos Pinhais no dia 21.05.1848, filha de Antônio dos Santos Siqueira e Catharina Ribeiro da Silva, citados no título Santos Siqueira. Faleceu em 26.08.1891, aos 73 anos, vítima de tísica, segundo o registro religioso, e de marasmo, segundo o registro civil, declarado pelo sogro Antônio dos Santos Siqueira. Na época residia em Fragosos ou em Oxford, variando conforme o registro, e no dia seguinte seu corpo foi sepultado no Cemitério Católico de São Bento. Thomas ainda conseguiu ver o advento da República no Brasil. Existem registros de ao menos um escravo, chamado Francisco, pertencente a Thomas e que acompanhou a família na sua vinda à São Bento do Sul, tendo se casado por duas vezes na cidade – a primeira vez antes da abolição e a segunda depois.

II) FRANCISCO MANOEL TEIXEIRA, ou Francisco Teixeira da Cruz, batizado em São José dos Pinhais em 13.02.1797 (2B-76v), tendo como padrinhos Nazário Teixeira da Cruz, seu avô, e Thereza Maria Carneira, ambos viúvos. Foi casado no mesmo lugar em 26.11.1816 (2C-101) com Anna Joaquina Machado, filha de Salvador da Cunha Machado e Francisca Romeira, já falecidos na ocasião, neta paterna de Salvador da Cunha Lobo e Maria Machado, e neta materna de Francisco Bueno da Cunha e Izabel Fernandes Camacho; por Salvador, bisneta de Francisco da Cunha Lobo e Leonor de Siqueira; por Maria, bisneta de João Machado Fagundes de Vasconcellos e Natária Portes Villas Boas; por Francisco, bisneta de Antônio da Cunha Portes de El-Rey, Tenente Coronel das Ordenanças de Pindamonhangaba e Taubaté, e Francisca Romeiro Velho Cabral; por Izabel, bisneta de Manoel Duarte Camacho e Gertrudes Maria Tavares. Foram testemunhas desse casamento o Capitão Francisco da Silva de Abreu e Felix Bueno da Cunha, ambos casados e também fregueses de São José dos Pinhais.

III) PEDRO TEIXEIRA DA CRUZ, primeiro casado com Joana Maria do Prado, filha de Braz Álvares Natel, da Ilha de São Sebastiao, e Margarida Leme de Santa Anna, neta paterna de João Lucas de Araújo e Margarida Pires, citados à página 587 do Volume I da Genealogia Paranaense, e lá seguem os seus ancestrais conhecidos; e neta materna de Pedro Dias Cortes, de Curitiba, e Maria Leme de Siqueira, citados à página 585 do mesmo volume, onde constam os demais antepassados. Depois de viúvo, Pedro Teixeira da Cruz casou-se em São José dos Pinhais no dia 27.11.1790 (L2-14) com Maria Rosa de Oliveira, filha de Pedro Machado Fagundes, já falecido na ocasião, natural de São José dos Pinhais, e que assentou praça em 26.03.1776, homem de cabelos castanhos, olhos grandes e azuis, sem barba, casado com Tereza Maria do Sacramento, da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Congonhas, em Minas Gerais, sendo o casal proprietário de alguns escravos; neta paterna de João Machado Fagundes, de Santo Amaro, e Antônia de Siqueira do Prado, de São José dos Pinhais; neta materna de Francisco Mendes Carneiro, natural da Ilha Terceira, e Josepha Maria da Conceição, da mesma freguesia de Congonhas, os quais também passaram à São José dos Pinhais. Foram testemunhas desse casamento José da Rocha Dantas, casado, e o Alferes Francisco Teixeira de Azevedo, solteiro.

IV) NAZÁRIO TEIXEIRA DA CRUZ,  nascido em Paranaguá aos 26.07.1731, lá casado no dia 29.05.1756 com Josepha Álvares Pereira, nascida em São José dos Pinhais aos 16.03.1738, filha do Alferes Manoel Pereira do Valle, de Valongo, Portugal, e Nathária Álvares de Araújo, de Curitiba; neta paterna de Manoel Pereira e sua esposa Maria do Valle; neta materna do Capitão Gabriel Álvares de Araújo, de Villa de Ponte de Lima, Arcebispado de Braga, Portugal, homem da Governança de Curitiba, e de sua esposa Catharina Martins de Souto ou de Faria, de Curitiba, casal que abre o título Álvares de Araújo da Genealogia Paranaense (V6-299). Nazário Teixeira da Cruz constituiu uma família abastada, que possuía mão-de-obra escrava e fazia parte da elite de São José dos Pinhais no século XVIII. Faleceu em São José dos Pinhais no dia 18.08.1816 (2F-70v), já em estado de viúvo. Sua esposa Josepha Álvares Pereira faleceu na mesma cidade em 24.06.1786 (2F-3v).

V) ANTÔNIO CORREIA DA CRUZ, natural de Paranaguá, casado com Izabel Teixeira, do mesmo lugar.

Deixe um comentário