Famílias protestantes de São Bento (1873-1900)

Essa é uma lista das famílias protestantes que habitavam a região de São Bento do Sul antes de 1900, feita com base em especialmente nos próprios registros da Igreja Luterana da cidade, mas também nos registros civis e em outras fontes diversas. São famílias que imigraram da Pomerânia, da Saxônia, da Silésia e de várias regiões da Prússia em que o luteranismo predominava. Percebe-se uma maior concentração na Estrada da Serra e ao longo da Estrada Dona Francisca, além do próprio centro de São Bento do Sul.

É provável que ainda estejam faltando nomes, que serão acrescentados conforme forem descobertos. Existe o caso de nomes que aparecem em mais de um lugar, o que sugere que tenham morado em ambos. A própria família Bollmann, bastante conhecida, foi antes moradora da Bismarckstrasse. Também lá morava a família de Friedrich Wilhelm Labanz, uma das duas famílias protestantes das quais descendo. A outra é a família de Karl Friedrich Wilhelm Giese, morador do centro.

A lista também é útil para verificar o nome completo de personagens locais, pois em geral os protestantes tinham ao menos dois nomes além do sobrenome. Casos de famílias mistas merecem ser analisados especificamente. Eis os nomes e suas respectivas moradias:

Banhadostrasse: Johann August Wilhelm Lüpke

Bechelbronn: August Michler, Ernst Julius Brunnquell, Ernst Friedrich Ludwig Fehlow, Ernst Kleinschmidt, Franz Gustav Mühlmann, Gustav Hoffmann, Karl August Müller, Karl August Ernst Kardauke, Karl Kardauke (pai), Paul Christian Heyse, Paul Heyse II

Bismarckstrasse: Albert Gustav Witt, August Friedrich Wilhelm Bollmann, August Kötzler, Ernst Friedrich Ludwig Fehlow, Franz Greinert, Friedrich Köne, Friedrich Wilhelm Labanz, Karl August Benjamin Kötzler,

Bugrestrasse: Albert Beuter, August Schade, Ferdinand Brand, Hermann Heinrich Echterhoff, Johann Hansen, Julius Hermann Brand, Karl Brand, Paul Brand

Campo Alegre: August Wolter, Franz Gustav Mühlmann, Gustav Friedrich Wilhelm Reinhardt, Johann Peter Reinhardt, Louis Buchmann, Paul August Rudolf Reusing, Wilhelm Müller, Wilhelm Pfeiffer

Campo São Miguel: Karl Robert Leichsering

Lençol: Friedrich Johann August Wiese, Gustav König, Hermann Neitzke, Louis Ritzmann, Matthias Meyer, Robert Morrissen, Wilhelm Hettwer, Wilhelm Reddin

Mato Preto: Joseph Reichel, Rudolf Nennemann

Oxford: Albert Mallon, August Wolter, Christian Schlüter, Christian Orth, Christopher Wöhlk, Claus Maahs, Ernst Robert Otto Hannemann, Friedrich Henning, Georg Schlemm, Hermann Henning, Hermann Koch, Hermann Schröder, Karl Friedrich Parucker, Jakob Dreher, Julius Hoffmann, Leonard Meister, Leopold Meister, Louis Wolf, Otto Kaesemodel, Paul Friedrich Parucker, Peter Jürgensen Söbye, Theodor Morgenstern, Wilhelm Zimmer

Rionegrostrasse: Hermann Karl Henning, Karl Ferdinand Baum

Rio Preso: Ludwig Rudnick

São Bento: Adolf Sabrowsky, Albert Kramer, Albert Krause, Amandus Jürgensen, Anton König, Arnold Weinert, August Friedrich Wilhelm Bollmann, August Weber, Christian Wilhelm August Heeren, Daniel Köhler, Eduard Ulrich Ulrichsen, Ernst Mendel, Felix Heinrich Paul Baumann, Franz Engel, Franz Jacob Kim, Friedrich Hansen, Friedrich Lutz, Friedrich Moritz Richter, Friedrich Schulz, Friedrich Wilhelm Rathunde, Gustav Anton König, Gustav Kopp, Hans Friedrich Richard Monich, Hans Hansen, Heinrich Gotthard Kaesemodel, Herbert Langer, Hermann Hille, Hermann Johann August Knop, Hermann Wilhelm Gustav Emil Schade, Hugo Langer, Karl Bruno Ryssel, Jakob Heinrich Steinbock, Johann Heinrich Husmann, Johann Herbst, Johann Josef Schönfelder, Karl August Wilhelm Fertig, Karl Brock, Karl Friedrich Wilhelm Giese, Karl Heinrich Reusing, Karl Martin Engel, Karl Heinrich Mrosk, Karl Rudolph Uhlig, Louis Dietrich, Otto Bernhard von Krause, Otto Jung, Otto Svenson, Paul Zschörper, Peter Rudolf Klaumann, Richard Brand, Theodor Boettner (pastor), Theodor Emil Hermann, Wilhelm Friedrich Seiffer, Wilhelm Hackbarth, Wilhelm Quast (pastor).

Saraivastrasse: Friedrich Gorgas

Serrastrasse/Estrada Dona Francisca: Adolf Mielke, Albert Mallon, Albert Schröder, Albrecht Malschitzky, August Günther, August Michael Ruske, August Natzke, August Heinrich Schröder, August Wagner, August Wolter, Christian Buch, Daniel Abraham, Ernst Friedrich Ludwig Fehlow, Ernst Roberto Otto Hannemann, Ferdinand Worrel, Franz Christian Reichwald, Franz Selke, Franz Wilhelm Rudnick, Friedrich Albert Ludwig Panneitz, Friedrich August Wilhelm Schneider, Friedrich Heinrich Neumann, Friedrich Lietz, Friedrich Neubauer, Friedrich Wilhelm Grund, Friedrich Wilhelm Müller, Georg Adolf Thomsen, Gottlieb Ludwig Eichendorf, Gottlieb Neubauer, Gustav Ziebarth, Heinrich Ferdinand Selke, Heinrich Friedrich Franz, Heinrich Neubauer, Heinrich Sprotte, Hermann Gottlieb Heinrich Lietz, Hermann Koch, Johann Friedrich Samuel Heiden, Johann Friedrich Wilhelm Redel, Johann Scholze, Joseph Reichel, Julius Ratzke, Karl Albert Ferdinand Schneider, Karl August Richter, Karl August Wagner, Karl Heiden, Karl Julius Müller, Karl Panneitz, Karl Paul, Karl Rothsal, Leopold Rudnick, Ludwig Paul, Ludwig Rudnick, Ludwig Selke, Ludwig Wilhelm Neumann, Maximilian Wagner, Michael Friedrich Ferdinand Lietz, Oskar Ammon, Otto Franz Phillipp Bauscher, Otto Robert Hertl, Otto Rudnick, Robert Eduard Worrel, Rudolf Panneitz, Theodor Sill, Victor Greipel, Wilhelm Christian Priebe, Wilhelm Greffin, Wilhelm Hermann Rudnick, Wilhelm Hümmelgen, Wilhelm Ludwig Röpke, Wilhelm Ludwig Rudnick, Wilhelm Neumann, Wilhelm Schröder.

Wunderwaldstrasse: August Hackbarth, August Leffke, Ernst Ludwig Strauss, Friedrich Hackbarth, Friedrich Ziebarth, Gustav Reinhardt, Heinrich Marschalk, Hermann Blödorn, Hermann Julius Gatz, Karl Bendlin, Karl Wilhelm Berthold Franz, Johann Slopianka, Wilhelm Radoll.

Moradia ainda desconhecida: August Ferdinand Gottfried Kobs, Eduard von Grafenrieth, Friedrich Bernhard Otto Seeling, Gustav Höpfner

A família Giese e as novas tecnologias

Alcides Paulo Giese tem 83 anos e se lembra de vários deles – especialmente os mais antigos. Por isso, não é de se admirar que no dia de Natal, durante visita à minha avó, ele tenha levantado histórias dos anos 30 a 50.

Alcides é o terceiro filho de Catharina Bail e seu marido Rodolfo Giese – um homem moderno, atento às novas tecnologias. Dessa maneira é que Alcides classifica o próprio pai. E explica: tão logo as máquinas de escrever começaram a ser vendidas na região, Rodolfo Giese tratou logo de adquirir uma para si.

A casa de comércio que Rodolfo mantinha em Campinas dos Crispim, em Piên, também pode ser orgulhar de ter sido uma das primeiras a passar por uma importante transição: as balanças de peso foram substituídas pelas balanças de ponteiro, muito mais precisas.

Além dessas inovações, Rodolfo era o único naquela localidade de Piên que possuía uma máquina fotográfica. Isso fazia com que muitas pessoas da redondeza viessem até a sua casa para lá registrarem os seus instantâneos – revelados depois em São Bento.

Alcides revelou inclusive uma peraltice que cometeu nessa época – como era criança, deve ter sido nos anos 30. Na hora de tirar uma fotografia, ele apareceu atrás da pessoa mostrando a língua. A molecagem, naturalmente, só seria descoberta na revelação da foto.

Gripe Espanhola em SBS

Consultei os livros de óbito do cartório para saber quantas pessoas foram registradas como vítimas da gripe espanhola entre 1918-1919. Encontrei 24, a maioria entre dezembro e janeiro. Ei-los, com as datas, idades e locais:

30.11.1918 Gustavo Keil 39 anos, Rua do Mercado
05.12.1918 Carlos Kwitschal 66 anos
12.12.1918 Maria Ferreira de Castilho 22 anos Rio Preto
13.12.1918 Francisca Langowski 4 meses Rio Natal
13.12.1918 João Matheus de Castilho 4 anos Rio Preto
14.12.1918 José Nicolau de Castilho 35 anos Rio Preto
14.12.1918 Izudina Vidal Teixeira 2 anos e 10 meses Mato Preto
17.12.1918 Francisca Ferreira Rocha 23 anos Rio Preto
18.12.1918 Anna Ferreira dos Santos 66 anos Rio Preto
21.12.1918 Maria Luzia dos Santos 40 anos Colônia Olsen
30.12.1918 Idalina Marques Massaneiro 22 anos Rio Preto
01.01.1919 Antônio Gonçalves Bonete 24 anos Rio Preto
10.01.1919 Francisco Dollack 81 anos Estrada Humboldt
12.01.1919 Manoel Carvalho 42 anos Lençol (provável)
16.01.1919 Benedicta Rodrigues 45 anos Rio Negrinho
16.01.1919 Frederica Goll 73 anos, na casa de Fco. Engel
17.01.1919 Willy Jung 39 anos, na casa de Jorge Zipperer
18.01.1919 Augusto Beier 28 anos casa de João Treml
20.01.1919 Pedro Dollack 8 meses Estrada Humboldt
26.01.1919 Roberto Seidl 8 anos e 8 meses, na casa de Henrique Seidl
27.01.1919 Gertrudes Mallon 8 anos e 10 meses Cruzeiro
27.01.1919 Leopoldo Gelinski 1 mês Estrada Wunderwald
20.04.1919 João dos Santos 60 anos Mato Preto
11.06.1919 Pedro Franken 31 anos Casa Paroquial da vila

A simples anotação da causa não garante que foi realmente gripe espanhola – especialmente esses dois últimos assentos, feitos depois que o “boom” da doença já havia passado na região. A gripe continuou sendo apontada como causa mortis em anos posteriores, muito provavelmente de forma equivocada. Meu trisavô Karl Friedrich Wilhelm Giese, falecido apenas em 09.06.1923, possui a espanhola como um dos motivos que o levaram a falecer.

Meus Ancestrais: Família Bail

I. PETER HADEN, morador da Boêmia, e que não se casou com Maria Beyerl, mas com ela teve, entre outros:

II. BENEDIKT BEYERL, lavrador, noivo do primeiro casamento Boêmio de São Bento do Sul, membro da Sociedade Auxiliadora Austro-húngara. Nasceu em Holschlag, na Boêmia, no dia 30.04.1856, tendo sido batizado em Gutwasser. Cedo ficou órfão. Arrumou emprego na marcenaria de Georg Neppel e enamorou-se por sua filha Anna Maria. A aproximação dos dois não foi vista com olhos por Georg, que despediu o humilde Benedikt. Em 1874, Benedikt Beyerl acompanha a família Gschwendtner em sua imigração ao Brasil, a porto do Shakespeare. Dois anos depois, também a família Neppel decidiu imigrar, o que permitiu que Benedikt e Anna Maria, que não haviam se esquecido um do outro, voltassem a se encontrar. Pouco tempo depois da chegada dos Neppel, e mesmo sem a aprovação dos pais de Anna Maria, ela e Benedikt se casaram em São Bento do Sul, em julho de 1876, sendo esse considerado, segundo a obra de Josef Blau,  o primeiro casamento boêmio da cidade. Dez anos depois, sua esposa faleceu, sem deixar geração conhecida. Em 10.02.1886, Benedikt se casou novamente em São Bento do Sul, dessa vez com Catharina Brandl, de Eisenstrass, filha de Josef Brandl e Anna Weinfalter. Na segunda metade dos anos de 1890 foi criada na cidade a Sociedade Auxiliadora Austro-húngara, uma agremiação destinada a reunir os imigrantes boêmios em suas necessidades. Sabemos da participação de Benedikt nessa Sociedade por conta de uma fotografia sua, já em idade avançada, que é idêntica a uma foto da dita Sociedade em 1900. Já em estado de viúvo, Benedikt Beyerl faleceu no dia 24.02.1928, tendo sido sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul. Teve da sua segunda esposa:

III. CATHARINA BAIL, doméstica, nascida em São Bento do Sul no dia 03.05.1896, tendo sido batizada em 18.05.1896 na Capela de Santa Cruz, em Rio Vermelho. Faleceu às 20h20 do dia 30.11.1974[1], em São Bento do Sul, vítima de acidente vascular cerebral, sendo sepultada no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, no mesmo túmulo de seu pai e seu esposo. Foi casada aos 27.08.1921[2], em São Bento do Sul, com Rodolfo Giese, filho de Karl Giese e Ida Bertha Labenz. Tiveram geração conforme o título GIESE.

[Para a reprodução do conteúdo, solicita-se a citação das fontes]


[1] Livro 4, fls 109 – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

[2] Livro 9, fls 146v – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

Meus Ancestrais: Família Giese

I. JOHANN KARL GIESE, nascido por volta de 1828, tendo imigrado de Regenwald, na Pomerânia, para Joinville em 1872 a bordo do “Henry Knight”[1], em companhia da esposa Emilie Wegner, também nascida por volta de 1828, e seus filhos, entre os quais:

II. KARL GIESE, nascido em 30.05.1859 e falecido em São Bento do Sul no dia 24.06.1924[2], sendo sepultado no Cemitério Municipal. Foi morador de São Paulo. Casou-se em São Bento do Sul no dia 25.10.1891, na Igreja Protestante da cidade, com Ida Bertha Labenz, nascida em 03 ou 06.11.1874 e falecida em 03.10.1934, filha de Friedrich Labenz, nascido por volta de 1847, e que imigrou com a família a bordo do Bahia em 1876, vindo de Eichstedt, na Prússia, tendo falecido em São Bento do Sul no dia 13.11.1925[3], de fraqueza cardíaca, e sua esposa Wilhelmine Witt, com quem morou na Estrada Bismarck, sendo ela nascida em Münsterwalde, na Prússia Oriental, por volta de 1849, tendo falecido em São Bento do Sul no dia 05.06.1924, vítima de pneumonia, filha de Michael e Relina Witt. Karl Giese e sua esposa Ida Bertha Labenz tiveram, entre outros:

III. RODOLFO GIESE, sapateiro e comerciante estabelecido em Campina dos Crispim, município de Piên/PR. Nasceu em São Bento do Sul no dia 13.09.1897[4] e faleceu em Rio Negrinho no dia 07.03.1965[5], vítima de cirrose hepática e insuficiência cardíaca crônica, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento. , Foi casado aos 27.08.1921[6], em São Bento do Sul, com Catharina Bail, do mesmo lugar, filha de Benedikt Beyerl e Catharina Brandl. Foram pais de:

IV. DÓRIS IZOLDA GIESE, nascida em Piên no dia 23.08.1931. Casou-se em São Bento do Sul no dia 06.10.1951[7]com Herbert Alfredo Fendrich, de São Bento do Sul, filho de Frederico Fendrich e Anna Roesler. Tiveram geração conforme segue no título FENDRICH.

[Para a reprodução do conteúdo, solicita-se a citação das fontes]


[1] Lista de passageiros disponível no site do Arquivo Histórico de Joinville: http://www.arquivohistoricojoinville.com.br/ListaImigrantes/lista/tudo.htm

[2] Conforme a sua lápide no Cemitério Municipal de São Bento do Sul.

[3] Livro 7, fls 34 – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

[4] Conforme a sua lápide no Cemitério Municipal de São Bento do Sul.

[5] Livro 7, fls 40v – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

[6] Livro 9, fls 146v – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul.

[7] Livro 3, fls 58 – Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul; e livro 11, p. 54 – Paróquia Puríssimo Coração de Maria, de São Bento do Sul

Famílias Pomeranas de São Bento do Sul

A maior parte das famílias de origem germânica que vieram à São Bento do Sul tinham sua origem na Boêmia, que atualmente faz parte da República Tcheca. Mais remotamente, suas origens apontam para a Bavária (no caso dos imigrantes do Böhmerwald) e a Saxônia (no caso dos imigrantes da Boêmia do Norte).

Mas além dos boêmios, São Bento do Sul também recebeu várias famílias da Pomerânia, hoje pertencente à Polônia. De cultura diversa, a começar pela religião protestante, eles, naqueles primóridos, não eram muito amigos dos boêmios.

Conforme a procedência indicada nas listas de passageiros e em registros eclesiásticos, foram identificadas ao menos as seguintes famílias pomeranas que se estabeleceram em São Bento do Sul no começo de sua colonização:

 

Albrecht, Becker, Bendlin, Benke, Boeck, Braatz, Brandt, Bruch, Drawans, Engel, Engler, Fantow, Felow, Fertig, Franz, Hackbarth, Gatz, Giese, Goll, Gresenze, Grimm, Günther, Hart, Heyse, Hümmelgen, Kämpfert, Kleinschmidt, Kleist, Knop, Löck, Mallon, Mielke, Münchow, Neumann, Ortmeyer, Panneitz, Pöppel, Priebe, Rabke, Redel, Redemski, Reichwaldt, Roeder, Röpke, Rudnick, Ruske, Schneider, Schröder, Schulz, Selke, Sill, Utrech, Weber, Wegner, Wenzel, Woite, Wollin, Worell

Família Giese – Atualizado

Quem tiver correções, ou mais informações, por favor entre em contato. Não se esqueçam de se identificar nos comentários, passando o email de contato.

A história da Família Giese na região de São Bento do Sul começa com a vinda de de Johann Karl Giese e Emilie Wegner para o Brasil, a bordo do navio Henry Knight em 1872. Vieram de Regenwald, na Pomerânia, hoje parte da Polônia, chegando na cidade de Joinville com seus quatro filhos:

1.1 Minna Giese, nascida por volta de 1851.

1.2 August Giese, nascido por volta de 1854.

1.3 Emilie Giese, nascida por volta de 1857.

1.4 Karl Giese, nascido em 30.05.1859, casou-se em 25.10.1891 na Igreja Protestante de São Bento do Sul com Ida Bertha Labenz, nascida em 03.11.1874 (segundo o registro de casamento, 06.11.1874), filha de Friedrich Labenz e Wilhelmine Witt, família que imigrou ao Brasil em 1877 a bordo do navio Bahia, vindo de Eichstedt, na Prússia, hoje também pertecente à Polônia. Nesse assento consta que Carl morava em São Paulo e que a família Labenz morava na Estrada Bismarck. Carl Giese faleceu em 24.06.1924, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul. Sua esposa Ida Bertha Labenz faleceu em 03.10.1934. Tiveram:

1.4.1 Luiza Giese, nascida em São Bento do Sul a 17.11.1892 e falecida a 12.09.1918. Casou-se com Carlos Blödorn, nascido em 05.10.1884 e falecido em 25.07.1956.

1.4.2 Adolfo Giese, nascido em São Bento do Sul a 06.01.1895 e falecido a 06.12.1977. Casou-se com Martha Zoellner, nascida em 22.08.1894 e falecida em 28.03.1972. O casal morava na localidade de Fragosos, pertencente a Campo Alegre, e lá deixaram grande descendência. Descansam no Cemitério local. Tiveram:

1.4.2.1 Afonso Giese, nascido por volta de 1923 e falecido em agosto de 2005, casado com Margarida. Pais de: Odete Giese, Salete Giese, Margarete Giese, Alcione Giese, Anselmo Giese, Marcelo Giese, Rubens Giese, Elizete Giese, Dori Giese, Arlete Giese, Airton Giese, Charles Giese.

1.4.2.2 Irene Giese, casada com Pedro Cavalheiro Neto, falecido em 13.08.2005, com quem teve: Alda Cavalheiro.

1.4.3 Rodolfo Giese, nascido em São Bento do Sul a 13.09.1897 e falecido a 07.03.1965, sepultado no Cemitério Municipal. Casou-se em 27.08.1921 com Catharina Bail, nascida São Bento do Sul a 03.05.1896 e falecida a 30.11.1974, filha de Benedicto Bail e Catharina Brandl, neta pelo lado paterno de Maria Bail e pelo lado materno de Josef Brandl e Anna Schweinfurter, imigrantes de Eisenstrasse, na Boêmia, que chegaram ao Brasil em 1874 a bordo do Navio Shakespeare. Rodolfo morava com sua família em Campina dos Crispim, no Município de Piên. Foi comerciante e sapateiro. Rodolfo e Catharina tiveram:

1.4.3.1 Ermelino Carlos Giese, casado com Dorita Maria Treml. Pais de:

1.4.3.1.1 Carlos Séris Giese, casado com Janete Teresinha Wolff. Tiveram: Ellen Cristine Giese, Carlos Henrique Giese.

1.4.3.1.2 Sérgio Giese, casado com Dóris Eugênia Welter, com quem teve:

1.4.3.1.2.1 Christopher Giese, casado com Vanessa Cristina Vidal. Pais de Berkeley.

1.4.3.1.2.2 Soraya Giese

1.4.3.1.2.3 Diogo Giese

1.4.3.1.2.4 Christiane Giese

1.4.3.2 Laurindo Vitorino Giese, casado com Anita Spitzner. Pais de ao menos:

1.4.3.2.1 Zilda Giese, nascida por volta de 1949 e falecida em 23.06.2005 em Curitiba. Casou-se com Salvador de Souza.

1.4.3.3 Alcides Paulo Giese, casado com Elvira Weiss. Pais de:

1.4.3.3.1 Elimar Giese, o “Tico”, casado com Glaci de Lima. Faleceu no dia 10.02.2008, em casa.

1.4.3.3.2 Ademir Giese

1.4.3.4 Dóris Isolda Giese, nascida em 23.08.1931 em Piên, casada em São Bento do Sul a 06.10.1951 com Herbert Alfredo Fendrich, nascido em 05.04.1930 e falecido em 30.07.2007, filho de Frederico Fendrich Filho e Anna Roesler, neto paterno de Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer e materno de Johann Rössler e Amália Preussler.

1.4.4 Paulo Giese, nascido em 06.10.1900 e falecido em 02.08.1975, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, lado protestante. Casou-se com Anna Mühlbauer, nascida em 24.05.1904 e falecida em 13.11.1992, e com quem teve:

1.4.4.1 Alfredo Raymundo Giese, casado com Melanie Hoffmann. Tiveram: Dolores Giese, Lucinda Giese, Líria Giese, Renato Antônio Giese, Dorly Giese, Ingelore Ana Giese, Neusa Maria Giese, Raymundo Paulo Giese, Janete Teresinha Giese, Lianda Inês Giese, Rogério Luís Giese, Marcelo Rui Giese.

1.4.4.2 Olinda Giese, casada com Afonso Hoffmann.

1.4.4.3 Milda Giese, casada com Afonso Maria Weihermann. Pais de: Luiz Carlos Weihermann, Renate Marli Weihermann, Aroldo Weihermann, Dario Weihermann, Vera Lúcia Weihermann, Jony Weihermann.

1.4.4.4 Aloísio Giese, falecido em 02/02/2006, casado com Anita Iris Tschá. Tiveram os seguintes filhos, a maioria morador de Ampére:

1.4.4.4.1 Stela Maris Giese, casada com Luiz Krindges. Pais de Tathiana, Pedro Paulo e Mariana.

1.4.4.4.2 Solange Maria Giese, casada com Oswaldo Hofmann. Pais de: Barbara e Gregório

1.4.4.4.3 Jacson Luiz Giese, morador de Curiiba, casado com Do Hee Kim. Sem geração.

1.4.4.4.4 Edson Carlos Giese, casado com Zuleika Crisina Antonello. Pais de: Marcos Felipe, Giulia e Joana Laura.

1.4.4.5 Adelina Giese, casada com Aloís Maros, com quem teve: Sueli Maros, Eliane Maros, Elisa Maros, Cristiane Maros.

1.4.5 Ernesto Giese, nascido em 27.04.1903 e falecido em 19.04.1980. Casou-se com Francisca Hinz, nascida em 28.09.1905 e falecida em 24.05.1980. Pais de:

1.4.5.1 Isolde Giese, casada com Davi.

1.4.5.2 Reinaldo Giese, casado com Líria.

1.4.5.3 Norma Giese, casado com Jeremias.

1.4.5.4 Erico Giese, casado com Adelina.

1.4.5.5 Teolindo Giese, casado com Cecília.

1.4.5.6 Vanilda Giese, falecida em Curitiba a 15.10.2005, casado com Antônio Seidel.

1.4.5.7 Leopoldo Giese, casado com Alice.

1.4.5.8 Lauro Giese

1.4.5.9 Ervino Giese

1.4.5.10 Waldemar Giese, casado com Cidália.

1.4.6 Frederico Guilherme Giese, nascido em 30.04.1906 e falecido em Piên a 24.04.1968. Casou-se com Maria Bechler, nascida em 14.07.1912 e falecida em 19.05.1978. Frederico foi o primeiro prefeito de Piên, no começo da década de 60. Ganhou em sua homenagem o nome da principal escola daquela cidade.

1.4.7 Ewaldo Giese, que faleceu com 1 ano às 15h de 26.12.1916, vítima de diarréia.

Almoço de Família

Em 13 de julho de 1958, houve um almoço na casa de meus bisavós Rodolfo Giese e Catharina Bail, em Campina dos Crispim, Piên, onde também moravam meus avós Herbert Alfredo Fendrich e Dóris Isolda Giese. Foi convidada a família de José Fendrich Sobrinho, irmão de Herbert, e casado com Maria Tereza Linzmeyer. O prato servido foi churrasco de cabrito. Herbert, que havia tocado com a Banda Treml em Joinville na noite anterior, conseguiu chegar em casa a tempo, ao meio-dia.

135 Anos de Imigração da Família Giese

No dia 30.12.1872 chegou no porto de São Francisco do Sul o Navio Henry Knight, que há cerca de dois meses havia saído do porto de Hamburgo, na Alemanha. Entre os imigrantes que chegaram a bordo desse navio estava a família Giese, vinda de Regenwald, na Pomerânia. Era o patriarca Johann Karl Giese com sua esposa Emilie Wegner, meus tetravós, e os filhos Wilhelmine Giese, August Giese, Emilie Giese e meu trisavô Karl Giese.

21. Ida Bertha Labenz (1874-1934)

Minha trisavó Ida Bertha Labenz nasceu no dia 03.11.1874, na região de Eichstaedt, na Prússia, hoje território pertencente à Polônia. Imigrou para o Brasil em 1876 a bordo do Navio Bahia, junto com seus pais e a até então única irmã.

Casou-se com Karl Giese em 25.10.1891 e teve os seguintes filhos: Luiza Giese, casada com Carlos Blödorn; Adolfo Giese, casado com Marta Zellner; Rodolfo Giese, casado com Catharina Bail; Paulo Giese, casado com Anna Mühlbauer; Ernesto Giese, casado com Francisca Hinz, e Frederico Guilherme Giese, casado com Maria Bechler; e Ewaldo Giese, que faleceu com 1 ano de idade.

Conforme pode-se apurar de registros da igreja protestante de São Bento, Ida Bertha Labenz foi uma das madrinhas de Emil Otto Witt, batizado em 25.05.1890. Era filho de Albert Witt e Wilhelmine Witt. Isso pode denotar algum parentesco, já que a mãe de Ida também era Witt (inclusive, também era Wilhelmine, mas não se trata da mesma). Ida também foi madrinha de Auguste Emma Slopianka, batizada no dia 24.03.1891, filha de Johann Slopianka e Pauline Leffke. Essa família era de Rohmanen, também na Prússia.

Ida Bertha Labenz faleceu em São Bento do Sul em 03.10.1934. Eis o anúncio de seu falecimento conforme um jornal alemão da época.